sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

É hOjE!

O mundo não acabou ainda, mas não se anime tanto assim. Não vá imaginar que as profecias Maias são tão desacreditadas quanto as de Nostradamus, ou que os contemporâneos, você incluído, não sabem interpretá-las. Não vá nessa. Lembre que o dia tem 24 horas e até a meia-noite deste glorioso 21 de dezembro de 2012 tudo pode acontecer. Melhor prevenir do que remediar! Tenho para mim que esse ditado é também coisa dos Maias, então continue a ler esta crônica, mas pelo sim, pelo não, dê uma olhadinha no teto, vá que está despencando na sua cabeça e você aí abobalhado lendo besteiras.

Pensando alto, por que o mundo teria de acabar numa sexta-feira? Não faz sentido. E acabar às vésperas do maior feriadão de todos os tempos, férias coletivas em muitas empresas de quase duas semanas, isso até que faz sentido. E cogitou-se em não ter queima de fogos no Ano-novo em Salvador como inicialmente noticiaram os jornais, também faz sentido. Vá que tenha sido um presságio. Mas, no particular, tenho minhas dúvidas que o ser humano tenha chegado até onde chegou para sucumbir ao som do Jingle Bell, quando o momento sugere uma trilha mais Apocalypse Now e até Carmine Burana, nesta hora seria uma boa pedida.

E ainda pensando alto, por que o mundo teria de acabar hoje, assim de repente, de uma vez só e sem testemunhas para recolher os cacos e contar a história, se o mundo já vem se acabando aos poucos e com cúmplices e observadores e isso é fato? Por que acabar cortando o mal pela raiz, no sentido literal, como dizem as profecias? A lógica é o mundo continuar a se acabar sozinho, mais coerente do que um cataclismo para apagá-lo do mapa. E sempre ouvi dizer que o que é bom dura pouco e é por isso que estou convicto que o mundo venha durar muito ainda. E não são os Maias que sacrificavam os seus em piras e não previram o fim de sua própria civilização que vão nos dar lições de moral. Ou de sabedoria.

Se o mundo acabar de fato mais tarde, ainda hoje, não será por falta de aviso. E se não adotamos as devidas providências para conjurar as previsões de nossos ancestrais e, quem sabe reverter as forças naturais em torno delas, é porque entendemos a sina como uma catarse e a necessidade de redimir a nossa vil passagem pela Terra.

E deve ser por isso que estamos aqui no aguardo, há milhares de anos, prevendo o retorno sinistro do Halley, ou a virada do milênio, o anticristo, as profecias Maias e outros tantos marcos simbólicos, mas no fundo no fundo nos remoendo de inveja que essa tarefa de destruir o mundo não é intenção delegá-la a terceiros, só a nós compete.

Mas, se após a meia-noite de hoje o mundo continuar na sua trajetória de sempre, vamos encarar o fato com naturalidade e então atualizar o nosso status no Facebook para “vivos” e ainda curtir os nossos 15 minutos de glória, amanhã, com o nosso nome estampado em todos os jornais, nas manchetes sensacionalistas: “A humanidade não acabou ontem”. E na virada do ano, celebrar com uma garrafa de champanhe na praia, a rolha estourada como um foguete, rasgando o espaço, desvendando os limites, perdendo-se no infinito, a rolha feito um meteoro com a sua cauda de espuma, fazer o que se é Reveillon!

Nelson Cadena: É hoje!

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Amo demais

Brincando de produzir e fotografar
Delícia é fotografar enquanto minha filhota faz as produções das dolls.
                  Photo: Mônica Dallapicola
                  Production: Layslla Dallapicola
 

Mentira


Os mentirosos estão sempre dispostos a jurar. (V. Alfieri, Virgínia)

Uma boa parte da arte do bem falar consiste em saber mentir com graça. (Erasmo, Philotymus - obra editada antes de Lula vir à luz)

Todo mundo pode saber quando me engano, mas não quando minto. (Goethe, Sprüche in Prosa - já como mestre de governantes popularescos)

O ouvido é a segunda porta da verdade e a entrada principal da mentira. (B. Gracián - Oráculo manual)

ENFIM, SÓS

O número de casos de divórcio beirou os 360 mil neste glorioso ano de 2012. Isso quer dizer mil divórcios por dia. Nunca antes nos dez últimos anos de história desse país os casais se deram tão bem. Pelo menos na hora da separação, por bem ou por mal, ambos chegaram à mesma conclusão.

Ele voltará!


Gilberto Carvalho faz a ameaça de dentro do gabinete de Dilma.


A luta já não é mais entre a população que reconhece em Lula o maior mentiroso de todos os governantes que esse País já teve e a sua máquina demolidora de biografias e textos legais que o identificam como o grande capo de tutti capi da máfia que se acomodou em cartéis por toda a máquina pública brasileira. A luta agora é de Lula contra Dilma. Aparentemente, não mais que isso.

Flagrado de calças na mão com a companheira Rose, primeira-dama do governo paralelo instalado no escritório da Presidência da República em São Paulo, Lula já não aguenta ficar como um rei desnudo, sem governar o País do qual se julga dono, senhor e "Deus" - conforme é chamado pela primeira-dama da Presidência da Paulicéia Desvairada e terceira na ordem de sucessão da União que tem Dilma como primeira-mulher-presidenta e Marisa Letícia como primeira-dona-de-casa.

Como não aguenta ser primeiro-senhor submerso, sai do aflitivo e recôndido lugar de segundo proprietário e emerge como candidato natural, conforme acordo com, Dilma, nos primórdios de seu lançamento como postulante ao Palácio do Planalto, ainda em 2010.

O acerto era esse mesmo: Lula fazia do poste Dilma Vana uma presidenta, mas só por quatro anos. Então ele voltaria para mais oito de poder, deixando seu lugar vago uma vez mais para Dilma em 2022. E assim eles se sucederiam para todo o sempre amém, até o fim de seus dias. Se o Brasil aguentasse, é claro.

Acontece que Dilma Vana tomou gosto pela coisa. Cresceu e se multiplicou no gosto popular e, como já não é mais um poste e tem luz própria - com frequentes apagões - ela deu o golpe do João Sem Braço. Meteu a cabeça e, como não tem ombros, entrou fácil, fácil.

Agora ela também não quer sair. Como Lula não sabe nada de fairplay e gosta de chutar traseiros à medida que eles vão aparecendo a sua frente, já começou a bater nas canelas da valente e antiga companheira. Agora é guerra. É nóis contra o mundo. Bolas, ele é Lula e não Raimundo!

E o que era múrmúrio virou berro. Lula já falou para Dilma Vana que prepare o seu discurso de magnânima, bondosa e fiel companheira oferecendo sua vez ao companheiro, por diversas boas razões: 1ª) ela é boazinha; 2ª) ele é bonzinho; 3ª)  a casa é dele; 4ª) ela é sua cria; 5ª) ele anda doentinho e não pode esperar: 6ª) ela tá inteirinha e tem tempo de sobra; 7ª) ele não tem paciência; 8ª) ela é uma gaúcha que nasceu em Minas, mas tem a docilidade e a malemolência de uma baiana, sem nenhum pendor para o agito paulistano.

Quer dizer, há motivos sobrando para Dilma Vana descer altivamente a rampa e fazer com que Lula seja rampeiro uma vez mais. Se tudo der certo, até primeira-vice-presidenta ela pode ser. No Brasil Dilma da Silva cabe de tudo um pouco diante de uma oposição patrificada e de uma nação que não quer saber de nada.

O brado retumbante de Lula já foi dado no sentido de enfiar-se faixa adentro no ano da "melhor Copa do Mundo". Já berrou que "quem for petista que me siga!"; botou o bloco na rua e juntou a tropa de choque que anda louca para se refestelar de novo na cama republicana que Lula faz para que se deitem e rolem.

Neste fim de semana, de dentro do gabinete de Dilma Vana partiu das mãos de Gilberto Carvalho, ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, a primeira punhalada pela frente. E foi por escrito, para que não reste a menor dúvida. Leia e não esqueça o que ele escreveu. Vou intercalar seu texto que vai em vermelho estrelado, metende o nariz onde acho que sou chamado. Vamos que vamos:

"Meus queridos amigos e amigas militantes do PT, companheiros de tanta luta e de tantos caminhos que construímos Brasil a fora. Eu queria agradecer pela gratidão, pelo reconhecimento e pelo trabalho que, mais uma vez, a nossa militância realizou neste ano de 2012. De novo vocês fizeram a diferença!".

Epa! O cara é secretário-geral da Presidência da República, ou do PT?!? Queremos de volta o salário que ganha dos cofres da República. O PT que o remunere, como faz com Lula.

"Eu andei muito pelo País durante a campanha eleitoral e eu senti um orgulho enorme da militância, do trabalho, da emoção, da garra. Eu senti o quanto é bom ser petista! Vocês me deram uma nova injeção de ânimo e o reconhecimento de que o PT reúne por esse Brasil a fora o que há de melhor de gente, de ser humano, para construir essa militância, para construir o nosso partido".

O Lula é quem teve câncer na garganta e Carvalho é quem anda tomando injeção por esse Brasil a fora. E o diabo é que tudo quanto ele encontrou de melhor de gente, de ser humano, foi no PT. O resto é o resto. Pra que será que servem essas siglas aliadas que o PT terceiriza para se fortalecer?

"E agora vem o Natal, vem o ano novo e é tempo de a gente olhar para a família, olhar para dentro de sí e fazer uma espécie de restauração espiritual e de restauração de energia com nossa família e amigos. Eu quero desejar um Natal de muita paz, de muita tranquilidade e sobretudo de muita esperança, pois 2013 vem aí e vem muito bravo".

Abusou. Gilberto Carvalho excede. Ele ainda brinda com a ameaça de que o ano que vem "vai ser muito bravo". Afinal, é paz e esperança ou brabeza?!? Ele quer "paz e tranquilidade e muita esperança", mas não diz pra quem. E para que "esperança" se está tudo tão bom, bonito a barato? Pelo visto, ao se referir a um 2013 "muito bravo" ele os está concitando ir à luta, companheiros!

"Vocês sabem o que está acontecendo neste final de ano, vocês sabem dos ataques sem limites que estão fazendo ao nosso querido presidente Lula e que tem um único objetivo: destruir nosso projeto, destruir o nosso PT, destruir o nosso governo. Por tanto, vamos nos preparar para assim que passarem as festas, a gente ir para as ruas. Temos que defender nosso projeto porque eles sabem o que estão perdendo. Mas o povo sabe o que está ganhando de dignidade, de reconhecimento, de esperança, de respeito e de um novo Brasil, de uma nova sociedade que estamos construindo".

Qiuspariu! Se alguém da imprensa convoca o povo - não só os petistas - a "ir para as ruas" será preso por incitação, perturbação da ordem e do progresso; por acirrar os ânimos; por promover uma revolta, quase revolução; engendrar um golpe de Estado; elucubrar um confronto fratricida que, só aos olhos da alma de um governante de terceira classe do primeiro escalão como Gilberto Carvalho, o Homem da Mala-Preta de Santo André, pode se transformar num apelo tão pungente quanto rastejante como esta carta aberta em defesa do mestre que lhe garante o emprego.

"É por isso que eu tenho certeza de que o povo vai se mobilizar em defesa do Lula, em defesa do nosso projeto. Vamos ter orgulho do nosso projeto, vamos ter orgulho do Lula, vamos ter orgulho do trabalho que até hoje nós realizamos".

Que projeto, cara pálida? O projeto de poder que não tem programa de governo? Vai ter orgulho assim de nada, de tudo quanto deveria ter sido feito, nos quintos do inferno! Boba é a oposição amorfa e entubada moral e fisicamente que não parte também para a convocação dos verdadeiros caras-pintadas, sem carteirinha permanente da UNE, para que saiam às ruas a fim de que  sejam restabelecidadas a competência e a honestidade no Brasil

"Por tanto,(sic) vamos descansar bem agora, por que em 2013 o bicho vai pegar e, mais uma vez, precisamos fortemente da nossa militância na rua, conversando com o povo, esclarecendo as pessoas, mostrando esse projeto que, cada vez mais, graças a Deus, está mudando o Brasil. Um fortíssimo abraço em cada um e cada uma e, se Deus quiser, nos encontramos de novo na luta.

Gilberto Carvalho
Ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República"

Gilberto Carvalho não merece nem que se perca tempo com ele. No fundo, no fundo, quando ele diz que "Deus está mudando o Brasil" ele se refere certamente ao Deus de Rose; fala daquele "Deus" das conversas cifradas da primeira-dama do governo paralelo com Paulo Vieira quando, por telefone, planejava "melar" o julgamento do Mensalão no STF. Assim é que "se Deus quiser" nos encontraremos de novo na luta.


RODAPÉ - Não pense que Dilma Vana não sabe disso. Faz parte do único plano que a pandilha tem: revezar-se no poder pelo tempo que der e vier



Fonte. http://sanatoriodanoticia.blogspot.com.br/

domingo, 28 de outubro de 2012

Eu acreditei em tudo




E eu fiz de tudo, acreditei em tudo, sofri por tudo. Esperei e esperei mais uma vez. Não sei o que tem aqui dentro, não sei o porquê disso tudo, mas não é legal desse jeito. Eu lutei contra o que eu nunca tive que lutar, eu escondo a dor de todos, eu morro por dentro, mas estou vivendo por fora.
Por sua causa. Eu sonho com o que não vai acontecer, sabendo que não vai acontecer, e eu choraria por isso, se as minhas lágrimas não tivessem secado. A promessa de não chorar que eu fiz a muito tempo a mim mesma de fato funcionou e eu sei que agora eu preciso desse choro. As lágrimas presas nos meus olhos entalam minha garganta. Mas eu preciso levantar e mostrar para todos eles que eu tenho um coração inalcançado  que nada disso me importa e que você não significa algo para mim. Você no momento, é o meu doce amargo segredo.

Caio & Eu



Apertou o livro entre dedos subitamente frios, depois colocou-o no colo para ajoelhar-se e estender as mãos em direção ao fogo. Eu parado na porta às quatro da manhã. Você indo embora. Eu me perdendo então desamparado entre cinzeiros cheios e garrafas vazias. Você indo embora. Eu indeciso entre beber um pouco mais ou procurar uma beata em plena devastação ou lavar copos bater sofás guardar discos mastigar algum verso adoçando o inevitável amargo despertar para depois deitar partir morrer dormir sonhar quem sabe. Você indo embora. Acordar na manhã seguinte com gosto de corrimão de escada na boca: mais frustração que ressaca, desgosto generalizado que aspirina alguma cura. Tocaria, o telefone? Você indo embora, fotograma repetido. Na montagem, intercalar. Você indo embora você indo embora.

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Não é drama, se as pessoas soubessem tudo que eu passei, entenderiam porque certas coisas me machucam tanto


Escrever tem sido tão diferente ultimamente. Não tenho tido muito o que escrever. É como se tudo o que for escrito fosse fazer alguma coisa me entende? Como se cada palavra fosse algo que pudesse machucar alguém. Como se cada palavra fosse modificar algo. Sinto-me como se meus pensamentos recentes devem ficar comigo, ao menos por enquanto. Pelo menos enquanto isso tudo não passa. Qualquer coisa que escrevo tem tido perguntas que necessitam de explicações. Eu não quero me explicar. Eu quero me esvaziar. Colocar meus medos, meus pensamentos, minhas sensações, minhas tristezas e alegrias. Mas simplesmente não tenho mais conseguido. Porém continuarei aqui, tentando me esvaziar o máximo que eu puder de tudo o que eu puder.

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Jornalista, procura-se


Procura-se jornalista que devote suas energias à busca da verdade e não dos holofotes, que saiba distinguir a diferença entre o personagem que é noticia e aquele que transmite a notícia, que seja tão arejado a ponto de compreender que a luz é boa não importa em que lâmpada brilhe.

Procura-se jornalista que esteja sempre prestes a levar consigo um telescópio para o olho esquerdo e um microscópio para o olho direito de forma a ver a realidade sobre ângulos variados e apto a celebrar que a grande beleza da vida está no entendimento da rica diversidade humana.

Procura-se jornalista que seja especialista em cultura geral, que escreva sobre o que entende e saiba o exato tamanho de sua ignorância sobre o assunto que pretende abordar, que saiba fazer o artesanato dos fatos, ideias e palavras, sem deixar pontas soltas nem fios desencapados.

Procura-se jornalista que saiba distinguir entre liberdade de expressão, de impressão, de pressão; que veja sua atividade não como o Quarto Poder, mas sim como um serviço essencial à vida organizada da sociedade, como um espelho do mundo dotado de visão e fala.

Procura-se jornalista que seja generoso no uso dos substantivos e parcimonioso no uso dos adjetivos, que em caso de dúvida não ultrapasse o sinal vermelho da ética e do bom senso e que concorde que a ética do jornalista é a mesma do marceneiro.

Procura-se jornalista que se sinta indignado e denuncie a quem de direito qualquer empresário ou político, artista ou profissional liberal que lhe acene ou lhe ofereça qualquer vantagem financeira em troca da publicação de notícia favorável aos seus negócios, à sua carreira ou à sua área de atuação político-partidária.

Procura-se jornalista que, em confronto com as forças da natureza, testemunha ocular de eventos catastróficos, ocupe-se em ajudar a salvar uma ou mais vidas, em socorrer e amparar feridos, e que seja sábio o suficiente para deixar de lado obrigações contratuais imediatas como a observância de data-limite para envio de matéria, tomada de fotos específicas e que nunca pergunte a quem se encontra com a vida por um fio "como você está se sentindo?"

Procura-se jornalista que tenha uma visão muito apurada do que é justiça, ética, liberdade, democracia, equidade, bem-estar social, distribuição de renda, mobilidade social, inclusão social, inclusão digital, inclusão étnico-racial e que tenha uma sede de conhecimento insaciável, sempre se atualizando sobre o estado da arte no mundo.

Procura-se jornalista que não resenhe livro sem antes tê-lo lido, não critique filme a que não tenha assistido e não elogie álbum sem antes ter escutado todas as músicas, que se orgulhe mais dos livros que leu do que dos livros que escreveu e que saiba declamar "Navio Negreiro", de Castro Alves, cortar com a mão direita, equação biquadrada de segundo grau, fração e saiba conjugar o verbo "resfolegar".

Procura-se jornalista que não se submeta a qualquer forma de pressão, seja ideológica ou econômica e que se apresente de hora em hora ante o tribunal de sua consciência, o único dotado de poderes para julgá-lo de maneira equânime.

Procura-se jornalista que seja tão bom na crítica quanto na autocrítica, que entenda tanto da Ilíada de Homero como do efeito-estufa, que entenda causas e efeitos das crises econômicas mundiais de 1929 e de 2009, que esteja bem familiarizado com índices e siglas como IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), FIB (Felicidade Interna Bruta), PIB (Produto Interno Bruto), Índice de Gini, Dow Jones, Nasdaq.

Procura-se jornalista que possua senso crítico, conhecimento do idioma, latitude de ação, humildade para conferir e voltar a conferir suas anotações antes de enviar seu texto para publicação.

Procura-se jornalista que respeite os direitos do leitor, não rotule sua opinião como informação, trate a informação de maneira imparcial sem exigir credenciais ideológicas e que considere muito natural ouvir o outro lado, principalmente quando se tratar de assunto que diga respeito também à honorabilidade de personagens enfocados.

Procura-se jornalista que cultive a independência de pensamento, que não deseje ser mais realista que o rei, mais católico que o papa, que respeite a linha editorial de quem lhe propicia o emprego, mas que não que renuncie à condição de ser pensante e esteja confortável tantas vezes quantas forem necessárias para ser voto vencido em uma discussão editorial.

Procura-se jornalista que apenas numa vista d'olhos saiba diferenciar entre um escândalo real de corrupção e um escândalo pré-fabricado de corrupção, que não empreste seu nome a reportagens tão arredias à verdade dos fatos como os morcegos são à claridade do dia.

Pior tragédia
 
Procura-se jornalista que entenda a toponímia de São Luiz do Paraitinga, Berlim e Caruaru, que compreenda que as cidades têm alma, que são mais que meras aglomerações humanas, e que possa fazer ampla exposição sobre o que são hidrônimos, limnônimos, talassônimos, orônimos e corônimos.

Procura-se jornalista que entenda tanto de Fernando Pessoa quanto de Umberto Eco, que conheça amiúde as biografias e o pensamento vivo de Winston Churchill e Boris Pasternak, Rui Barbosa e Cláudio Abramo, que compreenda que a História é a também o relato encadeado da vida dos grandes homens.

Procura-se jornalista que conheça em profundidade o que é um linotipo e uma gralha, um tipógrafo e um scanner, um prefácio e um posfácio, prolegômenos, uma composição bem feita, um hipertexto e uma nota de rodapé, uma orelha e um texto indicativo, a gramatura do papel que se tem na mão e a marca d'água, a folha de rosto e o que significa 1.844 terabytes.

Procura-se jornalista bastante familiarizado com a Declaração Universal dos Direitos Humanos, que saiba relacionar seus artigos com a crítica de políticas públicas para a população urbana e rural, para brancos e negros, índios e ciganos, meninos nas creches e meninos de rua, católicos e evangélicos, judeus, muçulmanos e bahá'ís, budistas e hindus, seguidores do candomblé e do Santo Daime, espíritas e ateus. Procura-se jornalista que entenda, de uma vez por todas, que a pior tragédia na vida de um ser humano é aquilo que morre dentro dele enquanto ele ainda está vivo

sábado, 25 de agosto de 2012

Perfeito

Somos inocentes em pensar, que sentimentos são coisas passíveis de serem controlados. Eles simplesmente vêm e vão, não batem na porta, não pedem licença. Invadem, machucam, alegram. São imprevisíveis e sua única regra é a inconstância total. É irônico que justamente por isso, eles sejam tão perfeitos.

Seja protagonista da sua vida e não platéia da minha.

                       
Ela é uma moça de poses delicadas, sorrisos discretos e olhar misterioso. Ela tem cara de menina mimada, um quê de esquisitice, uma sensibilidade de flor, um jeito encantado de ser, um toque de intuição e um tom de doçura. Ela reflete lilás, um brilho de estrela, uma inquietude, uma solidão de artista e um ar sensato de cientista... Ela é intensa e tem mania de sentir por completo, de amar por completo e de ser por completo. Dentro dela tem um coração bobo, que é sempre capaz de amar e de acreditar outra vez. Ela tem aquele gosto doce de menina romântica e aquele gosto ácido de mulher moderna.

Nossa diferença

Uma vez eu disse que a nossa diferença fundamental é que você era capaz apenas de viver as superfícies, enquanto eu era capaz de ir ao mais fundo (...) e se eu não disser tudo não poderei nem dizer e nem fazer mais nada, é preciso que a gente tente de todas as maneiras, é o que estou fazendo, sim, esta é minha última tentativa. (...) Pensava que amar era só conseguir ver, e desamar era não mais conseguir ver, entende?

Não acredito


Me desculpe, mas eu não acredito no amor.
Eu até queria acreditar, mas a vida vem me obrigando a fazer o contrário. Quando eu acreditei que seria sincero, acabei me deparando com o que costumo chamar de -decepção- ou “tapa na cara”.Sabe aquela escorregada que você precisa dar pra aprender a levantar? Então, é disso que estou falando. E tem sido assim. Não acredito no amor, não acredito nas pessoas, não acredito em mim.

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Ebay



Hoje tenho uma dica bacana para você que assim como eu adora garimpar bons preços e comprinhas online.

Sabe aquele lugar onde é possível encontrar de TUDO ?

O ebay foi fundado nos Estados Unidos em 1995. Atualmente é o maior site do mundo para a venda e compra de bens, é o mais popular shopping da Internet, e possivelmente foi a pioneira neste tipo de trabalho, sem contar que a minha WishList que não para de crescer! Vale lembrar que Tudo que adquirir do site foram coisas pequenas e baratas por isso nunca fui taxada.

Sei que comprar online sempre desperta uma certa desconfiança porém eu nunca tive nenhum problema com o ebay.

O legal do site é que ele qualifica o vendedor através dos FeedBacks, isso te dá segurança na hora da decisão da compra, aconselho a observar esse campo e sempre dar prioridade aos vendedores que são 99% feedback positivos.

Outra coisa bacana e que podemos encontrar muitos itens como free shipping, ou seja frete grátis. Infelizmente notei que as entregas no Hemisfério Norte são mais rápidas que as daqui.

O pagamento é através do PayPal empresa contrata do ebay para receber os pagamentos, basta fazer um rápido cadastro no site e possuir cartão de crédito.

O site é em inglês, mais vale a pena garimpar porque os preços são muito bons. Outra dica é sempre cotar o dólar do dia para não ter nenhuma surpresa na fatura do cartão.

E caso tiver alguma dúvida sobre o item desejado envie uma mensagem ao vendedor, sempre que precisei recorrer a este recurso foram atenciosos comigo.

Espero que tenham gostado da dica …

Let’s Go Shopping !

Enjoy it !!

Crise no casamento: como lidar com este problema familiar

Não tenha medo de demonstrar admiração, carinho, reconhecimento e gratidão pelo parceiro


Lembra da crise que arrasava o casamento aos sete anos? Ela agora dá as caras aos três. Se os carinhos e planos em comum deram lugar a despachos burocráticos, o beijo na boca migrou para a testa e vocês já não dormem de conchinha, a relação pode precisar de uma reforma urgente. Salvar um casamento exige entrega, compromisso e dedicação. "Ambos devem ter focos de interesse individual para se tornarem atraentes para o outro, claro. Mas também precisam investir na vida a dois, com gestos de atenção, carinho, respeito e erotismo", explica a terapeuta de casal Lana Harari. Para a sexóloga Ana Canosa, os sinais de que a relação não anda bem são claros, porém, muitas vezes, fingimos que não os vemos. As rachaduras na intimidade se manifestam pelo distanciamento sexual, pelo excesso de críticas ácidas - disparadas na hora errada - e pelo baú de mágoas que o diálogo não esvazia. "Quando a comunicação se perde, a conversa vira motivo para cobrar e desmerecer o outro ou é substituída pelo silêncio", afirma. Mesmo com infiltrações diversas, o casamento ainda pode ter conserto se a base amorosa for resistente, avalia Lana. "Desistir de tentar faz a separação vir acompanhada de frustração e culpa." Antes que a casa caia, identifique os sinais de alerta e prepare-se para uma boa reforma. Confira algumas dicas:
Não brigue na frente dos filhos

Conflitos mal resolvidos acabam em brigas. Com dificuldade de solucionar pendências amigavelmente, tudo termina em crítica. "É uma chatice. Para aquele que martela, não toca outro disco, e para quem é martelado e tem a intimidade exposta", diz Ana. É preciso entender o motivo da exposição. Aquele que critica, normalmente, está se sentindo menosprezado e resolve desmerecer o par como defesa. Agora imagine os filhos assistindo isto? É melhor poupar as crianças, certo?

Dica: não caia na armadilha de lavar roupa suja fora de casa. Se seu parceiro cair, seja qual for a motivação dele, não retruque: converse mais tarde, a sós. É difícil, mas espere. Depois de algum tempo as marteladas perderão força. Outro conselho é serenidade para trocar as críticas por elogios, reforçando as qualidades de cada um.

Infiltrações na convivência

As horas extras no escritório interessam mais do que o tempo que passam juntos ou com a família? "É importante pensar no que irrita, cansa ou desanima: brigas, cobranças, tédio? Mas cuidado com uma típica confusão: a pessoa tende a depositar no parceiro toda a insatisfação, sem antes fazer uma reflexão da sua parte", alerta Ana. "O descontentamento, muitas vezes, é pessoal, ligado a outras áreas da vida."

Dica: quando não identificamos o que nos inquieta, pôr a culpa no casamento é uma saída fácil. E passamos a associá-lo a tudo de pior. "Reveja o projeto do casal. Tente descobrir o que mudou do início para cá. Proponha alternativas para o que está por vir", diz Ana.

Diálogo em curto-circuito

A boa comunicação é a caixa de força de uma relação; isso todas nós estamos cansadas de saber. Se o casal, porém, esquece de trocar a fiação e o assunto passa a ser a conta que não foi paga ou quem vai buscar o filho na escola, é sinal de que o diálogo entrou em curto. Daí em diante o bate-papo dá lugar a despachos burocráticos ou ao silêncio. Nada mais triste para os filhos do que observar um casal que não troca uma só palavra num restaurante. "Quando não se fala de sentimentos, cada um formula suas hipóteses, cria fantasias sobre as sensações e as ideias do outro. Dessa forma, não trilham o mesmo caminho e chega o momento em que não se reconhecem mais", afirma Ana. O silêncio pode ainda ser uma maneira de tentar desmerecer o parceiro. A mensagem implícita é: 'o que você pensa não me diz respeito, não me interessa'."As falhas na comunicação também se manifestam por meio de pequenos choques elétricos. São as velhas faíscas do desentendimento. "Um interrompe o outro, contamina o que está sendo dito com lembranças do passado, não faz uma escolha cuidadosa das palavras. Os dois acabam se ferindo", diz Lana Harari.

Dica: comece conversas corriqueiras sobre cenas engraçadas da rotina, questões de trabalho ou notícias que provoquem a interação com o outro. O tom deve ser positivo, bem-humorado, evitando acusações. Frases como "você nunca faz o que eu peço" ou "você sempre me decepciona" são ofensivas e colocam o par na defensiva.

Falta de acabamento

Carinhos, presentes, elogios e declarações de amor são como objetos de decoração em uma casa. Sem eles, por mais que a arquitetura esteja refeita, as paredes pintadas e os consertos realizados, sempre fica faltando aquele toque final. O beijo é uma demonstração de afeto e de cumplicidade e tem papel importantíssimo no estreitamento de uma relação. "Alguns acham bobagem, coisa para os namorados, mas estão redondamente enganados. Beijar na boca revela intimidade e pode acender o desejo sexual. Falar 'eu te amo', por sua vez, é reforçar a autoestima do outro e mostrar bem-querer", diz Ana.

Dica: não tenha medo de demonstrar admiração, carinho, cuidado, reconhecimento e gratidãopelo parceiro. Decore seu casamento com amor, afeto e, acima de tudo, respeito. A manutenção da intimidade requer pequenos e constantes reparos, que vão desde um simpático bom-dia até um boa-noite caloroso. "É possível reconstruir sempre", diz Ana. Mas, acredite, investir todo dia nas telhas e argamassas da gentileza, da sinceridade e da generosidade sai muito mais em conta. E o esforço compensa.

quarta-feira, 8 de agosto de 2012



Esse post começa com uma ADVERTÊNCIA: se você é maníaca compulsiva por compras, pare agora mesmo de ler! Isso porque eu vou mostrar as minhas 4 lojas de roupa online favoritas, e olha, é de sofrer viu?

Todas essas lojas são seguras e já foram testadas por mim inúmeras vezes (mas tome cuidado se for comprar em sites desconhecidos, tem que pesquisar bem antes!). Como todas são lojas gringas, é necessário ter um cartão de crédito internacional para comprar.

1. Chicwish

Eu AMO essa loja! São produtos superbem selecionados, além do preço ser bem justo. Segue uma linha retrô/moderna, com peças fofas e muito estilosas. É o paraíso pra quem gosta de renda, tons pastéis, babados e glitter!

Como funciona:eles não taxam os produtos e oferecem serviço de entrega gratuito, que demora de 12 a 18 dias úteis. Ou seja, você não paga imposto quando chegar no Brasil e nem o transporte da compra. Pra quem quiser acelerar a entrega e receber o pacote em 5 a 8 dias úteis precisa pagar mais 25 dólares. Site: www.chicwish.com

2. Urban Outfitters


Essa é APENAS a loja favorita da Lucy Hale, tá?! As roupas são ultramodernas e incríveis! Também há artigos de decoração que são sen-sa-cio-nais. O precinho é mais salgado, mas, na minha opinião, as peças valem muito a pena.

Como funciona: A Urban Outfitters taxa as compras acima de 50 dólares! Às vezes a alfândega deixa um pacote ou outro passar, mas nunca é bom contar com isso. Eles também cobram pelo frete: 40 dólares pela entrega em 7-10 dias úteis e 30 dólares pela entrega em 10-12 dias úteis.Site: www.urbanoutfitters.com

3. Nasty Gal


Tenho certeza que a pessoa que montou essa loja pensou: “vou só colocar roupas que meninas do Tumblr gostariam de usar” hahaha. Sem dúvidas, é a minha favorita!

Como funciona: A Nasty Gal também taxa os produtos, nesse quesito funciona exatamente como a Urban Outfitters. Os preços dos fretes variam de 15 a 40 dólares, e o período (conforme a opção de entrega escolhida) de 4 dias úteis a 4 semanas. Site: www.nastygal.com

4. Romwe
Loja oficial das blogueiras do Lookbook.nu! T-o-d-a-s têm pelo menos uma peça dessa loja, que tem um pouquinho de tudo. É o lugar perfeito pra encontrar peças de fast fashion com as tendências que estão bombando!

Como funciona: O frete é grátis e as encomendas chegam entre 10 a 20 dias úteis. Se você pagar pela entrega express, é bem possível que sua encomenda seja taxada no Brasil, portanto, melhor escolher a opção de entrega normal e esperar um pouquinho mais (e pagar um poquinho menos, rs).Site: www.romwe.com

+ 3 dicas para ficar ligada:

- Existem lojas online gringas que taxam compras acima de 50 dólares. Isso significa que quando o seu pacote chegar no Brasil, é bem provável que você tenha que pagar um imposto de 60% em cima do valor da sua compra, e ainda terá que retirar seus produtos na agência dos correios mais próxima da sua casa.

- Se você gostou de uma peça mas não sabe qual é o seu tamanho vai ficar legal em você, é só clicar no produto e procurar o “Size Guide”, que mostra as medidas certinhas de cada peça. Se a medida estiver em inches (unidade que os sites gringos costumam usar), é só procurar um conversor de medidas na internet ou usar essa fórmula: cm x 0.39 = inches; ou: inches x 2.54 = cm

- Reparem na moeda em que o site calcula os valores! Na maioria das vezes é em dólar, então quando a gente bate o olho já pensa “olha só que pechincha!”. Você não vai gostar nada de ver no final do mês que, na verdade a peça custava o dobro do valor! hahaha

Bom, espero que tenham gostado e que estejam sofrendo tanto quanto eu sofri quando descobri essas lojas incríveis!

Beijos, boas compras  <3

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Amor …


           (…) um sentimento que surge do nada …

         
(…) mais que se espalha rapidamente …

              (…) e se torna cada dia mais forte…

(…) mais companheiro…

(…) mais cuidadoso…

 
(…) até que um dia ele se torna pra sempre…



(…) e mesmo com o passar do tempo ele continua vivo…




(…) e não importa se foi 1 ou 100 anos, ele sempre vai ser o mesmo… 




(…) carinhoso e cuidadoso e…



(…) verdadeiro. 

*

maislagrimas:

O tempo passa, mas nada sai do lugar.
(openthewaytohappiness)

terça-feira, 24 de julho de 2012


O amor nunca morre de morte natural

O amor nunca morre de morte natural. Anaïs Nïn estava certa.
Morre porque o matamos ou o deixamos morrer.
Morre envenenado pela angústia. Morre enforcado pelo abraço. Morre esfaqueado pelas costas. Morre eletrocutado pela sinceridade. Morre atropelado pela grosseria. Morre sufocado pela desavença.
Mortes patéticas, cruéis, sem obituário e missa de sétimo dia.
Mortes sem sangramento. Lavadas. Com os ossos e as lembranças deslocados.
O amor não morre de velhice, em paz com a cama e com a fortuna dos dedos.
Morre com um beijo dado sem ênfase. Um dia morno. Uma indiferença. Uma conversa surda. Morre porque queremos que morra. Decidimos que ele está morto. Facilitamos seu estremecimento.
O amor não poderia morrer, ele não tem fim. Nós que criamos a despedida por não suportar sua longevidade. Por invejar que ele seja maior do que a nossa vida.
O fim do amor não será suicídio. O amor é sempre homicídio. A boca estará estranhamente carregada.
Repassei os olhos pelos meus namoros e casamentos. Permiti que o amor morresse. Eu o vi indo para o mar de noite e não socorri. Eu vi que ele poderia escorregar dos andares da memória e não apressei o corrimão. Não avisei o amor no primeiro sinal de fraqueza. No primeiro acidente. Aceitei que desmoronasse, não levantei as ruínas sobre o passado. Fui orgulhoso e não me arrependi. Meu orgulho não salvou ninguém. O orgulho não salva, o orgulho coleciona mortos.
No mínimo, merecia ser incriminado por omissão.
Mas talvez eu tenha matado meus amores. Seja um serial killer. Perigoso, silencioso, como todos os amantes, com aparência inofensiva de balconista. Fiz da dor uma alegria quando não restava alegria.
Mato; não confesso e repito os rituais. Escondo o corpo dela em meu próprio corpo. Durmo suando frio e disfarço que foi um pesadelo. Desfaço as pistas e suspeitas assim que termino o relacionamento. Queimo o que fui. E recomeço, com a certeza de que não houve testemunhas.
Mato porque não tolero o contraponto. A divergência. Mato porque ela conheceu meu lado escuro e estou envergonhado. Mato e mudo de personalidade, ao invés de conviver com minhas personalidades inacabadas e falhas.
Mato porque aguardava o elogio e recebia de volta a verdade.
O amor é perigoso para quem não resolveu seus problemas. O amor delata, o amor incomoda, o amor ofende, fala as coisas mais extraordinárias sem recuar. O amor é a boca suja. O amor repetirá na cozinha o que foi contado em segredo no quarto. O amor vai abrir o assoalho, o porão proibido, fazer faxina em sua casa. Colocar fora o que precisava, reintegrar ao armário o que temia rever.
O amor é sempre assassinado. Para confiarmos a nossa vida para outra pessoa, devemos saber o que fizemos antes com ela.

A sobra é o mesmo que a falta

Eu amo desorganizado, desvergonhado. Tenho um amor que não é fácil de compreender porque é confuso. Não controlo, não planejo, não guardo para o mês seguinte. A confusão é quase uma solidão adicional. Uma solidão emprestada. Sou daqueles que pedirá desculpa por algo que o outro nem chegou a entender, que mandará nova carta para redimir uma mágoa inventada, que estará se cobrando antes de dizer. Basta alguém me odiar que me solidarizo ao ódio. Quisera resistir mais. Mas eu faço comigo a minha pior vingança. Amar demais é o mesmo que não amar. A sobra é o mesmo que a falta. Desejava encontrar no mundo um amor igual ao meu. Se não suporto o meu próprio amor, como exigir isso? Um dia li uma frase de Hegel: “Nada de grande se faz sem paixão”. Mas nada de pequeno se faz sem amor. (…) Não me dou paz sequer um segundo. Medo imenso de perder as amizades, de apertar demais as palavras e estragar o suco, de ser violento com a respiração e virar asma. Até a minha insegurança é amor.

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Dê a volta por cima já!

Banho emergencial de autoconfiança
Prevenir-se de todas as possíveis ciladas do destino, você sabe, é impossível. Mas, se estiver bem preparada para reagir com firmeza e ponderação, pode apostar, conseguirá se levantar sem maiores arranhões. A palestrante motivacional Christine Hassler, ex-agente de atores de Hollywood, dá as pistas para desenvolver um extintor de incêndios interno e poderoso.

Mais decidida
"Tente não pedir o conselho de ninguém - nem para resolver uma questão no trabalho nem para escolher um prato no restaurante - durante uma semana", ensina Christine. "Assim, vai entrar em contato com a sua capacidade de ser assertiva."

Mais corajosa
"Mesmo que seja para uma cidade próxima, embarque em uma viagem solo no fim de semana", sugere. "Você estará fora da sua zona de conforto e poderá testar seus limites, sua capacidade de se virar sozinha."

Mais ousada
"Procure eliminar aquela vozinha interior que diz sem parar: 'E se...' Nem todas as decisões desencadeiam um efeito dominó no futuro", acrescenta. Arrisque mais e viva mais.

Mais sábia
"Você fará escolhas melhores se seguir a sua intuição", garante Christine. "Preste atenção nos sinais que seu corpo dá e entre em contato com suas emoções para se fortalecer."

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Imprensa livre, imparcial e objetiva existe?



Muito se fala a falta de independência e imparcialidade da mídia, muito vista na imprensa nos dias atuais. Os leitores, sensatos e mais convencionais, parecem acreditar de verdade na possibilidade de imprensa livre, autônoma, imparcial e objetiva. Não há, e, possivelmente, jamais haverá imprensa inteiramente independente e imparcial. O que alguns buscam na verdade, é o máximo de objetividade, nem sempre sustentada na informação de que a objetividade é relativa e moldada por um olhar ideológico ou por uma percepção mediada por interesses. Não existe fatos crus, apresentados sem interpretação e sem vieses, mas o respeito aos fatos é crucial. O que se exige é um terreno mínimo ou comum, baseado em parâmetros admitidos pela maioria, ao se apresentar as ideias-verdades dos grupos políticos, econômicos, sociais e culturais. A isso chamam "imparcialidade”, o que nesse sentido que o filósofo Max Weber afirmou que "neutro é quem já se decidiu pelo mais forte".

A ideia de uma imprensa não-partidária, ou seja, que não se posicione politicamente é um juízo de valor oriundo do jornalismo, no qual o posicionamento político é natural e necessário. A imparcialidade, deste ponto de vista, só pode ser alcançado se o jornalismo não for encarado com dois pesos e duas medidas.

terça-feira, 26 de junho de 2012

Aquela pessoa que faz você parar de procurar

Um dia você vai encontrar alguém que te lembre todos os dias que a vida é feita para ser vivida. Alguém que é perfeito de tão imperfeito. Alguém que não desista de você por mais que você tente afastá-lo. Naquele dia que você não estiver procurando por ninguém, naquele dia que você não ia sair de casa e acabou colocando a primeira roupa que viu pela frente. Quando você não estiver procurando, você vai achar aquela pessoa que faz você sentir que poderia parar de procurar.


sábado, 16 de junho de 2012

Os sobreviventes

                                                    (Para ler ao som de Angela Ro-Ro)

SRI LANKA, quem sabe? Ela me diz, morena e ferina, e eu respondo por que não? mas inabalável continua: você pode pelo menos mandar cartões-postais de lá, para que as pessoas pensem nossa, como é que ele foi parar em Sri Lanka, que cara louco esse, hein, e morram de saudade, não é isso que te importa? uma certa saudade: em Sri Lanka, brincando de Rimbaud, que nem foi tão longe, para que todos lamentem ai como ele era bonzinho e nós não lhe demos a dose suficiente de atenção para que ficasse aqui entre nós, palmeiras e abacaxis. Sem parar, abana-se com a capa do disco de Ângela enquanto fuma sem parar e bebe sem parar sua vodka nacional sem gelo nem limão. Quanto a mim, a voz rouca, fico por aqui comparecendo a atos públicos, entre uma e outra carreira, pixando muros contra usinas nucleares, em plena ressaca, um dia de monja, um dia de puta, um dia de Joplin, um dia de Tereza de Calcutá, um dia de merda enquanto seguro aquele maldito emprego de oito horas diárias para poder pagar essa poltrona de couro autêntico onde neste exato momento vossa reverendíssima assenta sua preciosa bunda e essa exótica mesinha de centro em junco indiano que apóia vossos fatigados pés descalços ao fim de mais uma semana de batalhas inúteis, fantasias escapistas, maus orgasmos e crediários atrasados. Mas tentamos tudo, eu digo, e ela diz que sim, claaaaaaaro, tentamos tudo, inclusive trepar, porque tantos livros emprestados, tantos filmes vistos juntos, tantos pontos de vista sócio político artístico filosófico existenciais e bababá em comum só podiam dar mesmo nisso: cama. Realmente tentamos, mas foi uma bosta. Que foi que aconteceu, eu pensava depois acendendo um cigarro no outro, e não queria lembrar mas não me saía da cabeça o teu pau murchos e os bicos do meus seios que nem sequer ficaram duros, pela primeira vez na vida, você disse, e eu acreditei, pela primeira vez na vida, eu disse, mas não sei se você acreditou. Quero dizer que sim, que acreditei, mas ela não pára, tanta tesão mental espiritual moral existencial e nenhuma física, e eu não queria aceitar que fosse isso: éramos diferentes, ai como éramos diferentes, éramos melhores, éramos mais, éramos superiores, éramos escolhidos, éramos vagamente sagrados, mas no final das contas os bicos dos meus peitos não endureceram e o teu pau não levantou, cultura demais mata o corpo da gente, cara, filmes demais, livros demais, palavras demais, só consegui te possuir me masturbando, tinha a biblioteca de Alexandria separando nossos corpos, enfiava fundo o dedo na buceta noite após noite pedindo mete fundo, coração, explode junto comigo, depois virava de bruços e chorava no travesseiro porque naquele tempo ainda tinha culpa nojo vergonha, mas agora tudo bem, o Relatório Hite liberou a punheta. Não que fosse amor de menos, você dizia depois, ao contrário, era amor demais, você acreditava mesmo nisso? Naquele bar infecto onde costumávamos afogar nossas impotências em baldes de lirismo juvenil, imbecil, e eu disse não, o que acontece é que como bons-intelectuais-pequeno-burgueses o teu negócio é homem e o meu é mulher, podíamos até formar um casal incrível, tipo aquela amante de Virginia Woolf, como era mesmo? Vita, Vita Sackville-West e o veado do marido, não se erice, queridinho, não tenho nada contra veados, me passa a vodka, o quê? e eu lá tenho grana pra comprar wyborowas? não tenho nada contra lésbicas, não tenho nada contra decadentes em geral, não tenho nada contra qualquer coisa que soe a: uma tentativa. Peço cigarro e ela me atira o maço na cara, com que joga um tijolo, ando angustiada demais, meu amigo, palavrinha antiga essa, angústia, duas décadas de convívio cotidiano, mas ando, ando, tenho uma coisa apertada aqui no meu peito, um sufoco, uma sede, um peso, não me venha com essas história de atraiçoamos-todos-os-nossos-ideais, nunca tive porra de ideal nenhum, só queria era salvar a minha, ,veja só que coisa mais individualista elitista, capitalista, só queria ser feliz, cara. Podia ter dado certo entre a gente, ou não, afinal você naquele tempo ainda não tinha se decidido a dar a bunda, nem eu a lamber buceta, ai que gracinha nossos livrinhos de Marx, depois Marcuse, depois Reich, depois Castañeda, depois Laing embaixo do braço, aqueles sonhos colonizados nas cabecinhas idiotas, bolsas na Sorbonne, chás com Simone e Jean-Paul nos 50, em Paris; 60 em Londres ouvindo here comes the sun here comes the sun, little darling; 70 em Nova Iorque dançando disco-music no Studio 54; 80 a gente aqui, mastigando essa coisa porca sem conseguir engolir nem cuspir fora em esquecer esse gosto azedo na boca. Já li tudo, cara, já tentei macrobiótica psicanálise drogas acupuntura suicídio ioga dança natação Cooper astrologia patins marxismo candomblé boate gay ecologia, sobrou só esse nó no peito, agora o que faço? Não é plágio do Pessoa, mas em cada canto do meu quarto tenho uma imagem de Buda, uma de mãe Oxum, outra de Jesuzinho, um pôster de Freud, às vezes acendo vela, faço reza, queimo incenso, tomo banho de arruda, jogo sal grosso nos cantos, não te peço solução nenhuma, você vai curtir os seus nativos de Sri Lanka depois me manda um cartão-postal contando qualquer coisa como ontem à noite, à beira do rio, deve haver um rio por lá, um rio lodoso, cheio de juncos sombrios, mas ontem na beira do rio, sem planejar nada, de repente, por acaso, encontrei um rapaz de tez azeitonada e olhos oblíquos que. Hein? claro que deve haver alguma espécie de dignidade nisso tudo, ,a questão é onde, ,não nesta cidade escura, não neste planeta podre e pobre, dentro de mim? Ora não me venhas com autoconhecimentos-redentores, já sei tudo de mim, tomei mais de cinqüenta ácidos fiz seis anos de análise, já pirei de clínica, lembra? você me levava maçãs argentinas e fotonovelas italianas, Rossana Galli, Franco Andrei, Michela Roc, Sandro Moretti, eu te olhada entupida de mandrix e babava soluçando perdi minha alegria, anoiteci, roubaram minha esperança, enquanto você, solidário e positivo, apertava meu ombro com sua mão apesar de tudo viril repetindo reage, companheira, reage, a causa precisa dessa tua cabecinha privilegiada, teu potencial criativo, tua lucidez libertária, bababá bababá. As pessoas se transformavam em cadáveres decompostos à minha frente, minha pele era triste e suja, as noites não terminavam nunca, ninguém me tocava, mas eu reagi, despirei, e cadê a causa, cadê a luta, cadê o potencial criativo? Mato, não mato, atordôo minha sede com sapatinhos do Ferro’s Bar ou encho a cara sozinha aos sábados esperando o telefone tocar, e nunca toca, ouvindo samba-canção e blues com caipira de vodka, neste apartamento que pago com o suor do potencial criativo da bunda que dou oito horas diárias pra aquela multinacional fodida. Mas eu quero dizer, e ela me corta mansa, claro que você não tem culpa, coração, caímos exatamente na mesma ratoeira, a única diferença é que você pensa que pode escapar, eu quero chafurdar na dor deste ferro enfiado fundo na minha garganta seca, me passa o cigarro, não estou desesperada, ,não mais do que sempre estive, não estou bêbada nem louca, estou é lúcida pra caralho e sei claramente que não tenho nenhuma saída, não se preocupe, depois que você sair tomo banho frio, lente quente com mel de eucalipto e gin-seng, depois deito, depois durmo, depois acordo e passo uma semana a ban-chá e arroz integral, absolutamente santa, absolutamente pura, absolutamente limpa, depois tomo outro porre, cheiro cinco gramas, bato o carro numa esquina ou ligo para o CVV às quatro da madrugada e alugo a cabeça dum panaca qualquer choramingando coisas do tipo preciso-tanto-de-uma-razão-para-viver-e-sei-que-esta-razão-só-está-dentro-de-mim-bababá-bababá, até o sol pintar atrás daqueles edifícios, não vou tomar nenhuma medida drástica, a não ser continuar, tem coisa mais destrutiva que insistir sem fé nenhuma? Passa devagar a tua mão na minha cabeça, no meu coração, eu tive tanto amor um dia, pára e pede, preciso tanto, tanto, tanto, bicho, não me permitiram, então estendo os dedos e ela fica subitamente pequenina apertada contra meu peito, perguntando se está mesmo muito feia e meio puta e muito velha e completamente bêbada, eu não tinha essas marcas em volta dos olhos, eu não tinha esses vincos em torno da boca, eu não tinha esse jeito de sapatão cansado, e eu repito que não, que está linda assim, desgrenhada e viva, ela pede que eu coloque uma música e escolho o Noturno número dois em mi bemol de Chopin, quero deixá-la assim, dormindo no escuro, sobre este sofá, ao lado das papoulas quase murchas, embalada pelo piano remoto como uma canção de ninar, mas ela se contrai violenta e peded que eu ponha Angela outra vez, então viro o disco, amor meu grande amor, caminhamos tontos até o banheiro onde sustento sua cabeça sobre a privada para que vomite, e sem querer vomito junto, ao mesmo tempo, os dois abraçados, bocas amargas, fragmentos azedos sobre as línguas, ela puxa a descarga e vai me empurrando para a porta, pedindo que me vá, e me expulsa para o corredor dizendo não esqueça então de mandar um cartão de Sri Lanka, aquele rio lodoso, aquela tez azeitonada, que aconteça alguma coisa bem bonita para você, te desejo uma fé enorme, em qualquer coisa, não importa o quê, como aquela fé que a gente teve um dia, me deseja também uma coisa bem bonita, uma coisa qualquer maravilhosa, que me faça acreditar em tudo de novo, que nos faça acreditar em todos de novo, que leve para longe da minha boca esse gosto podre de fracasso, de derrota sem nobreza, não tem jeito, companheiro, nos perdemos no meio da estrada e nunca tivemos mapa algum, ninguém dá mais carona e a noite já vem chegando. A chave gira na porta. Preciso me apoiar contra a parede para não cair. Atrás da madeira, misturada ao piano e à voz rouca de Angela, nem que eu rastejasse até o Leblon, consigo ouvi-la repetindo que tudo vai bem, tudo continua bem, tudo muito bem, tudo bem. Axé, axé, axé! eu digo e insisto, até o elevador chegar. Axé, odara!

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Interessante




Se a Prefeitura Municipal de Prado promove feira da saúde é chamada de iniciativa oportunista e eleitoreira.

http://www.teixeiranoticias.com.br/noticia.php?id=1423



Se outros municípios promovem é plausível... Então, conte-me mais sobre isso...

http://www.teixeiranoticias.com.br/noticia.php?id=1421




quinta-feira, 14 de junho de 2012

Entender que não entendo

Não entendo. Isso é tão vasto que ultrapassa qualquer entender. Entender é sempre limitado. Mas não entender pode não ter fronteiras. Sinto que sou muito mais completa quando não entendo. Não entender, do modo como falo, é um dom. Não entender, mas não como um simples de espírito. O bom é ser inteligente e não entender. É uma benção estranha, como ter loucura sem ser doida. É um desinteresse manso, é uma doçura de burrice. Só que de vez em quando vem a inquietação: quero entender um pouco. Não demais: mas pelo menos entender que não entendo.

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Dia Perfeito

Esse foi um desses dias que a gente nunca esquece.

Bonitinha é pouco: sou inteligente, bem-criada, culta, tenho presença, neutralizo pontos fracos, uso pontos fortes a meu favor e sou seletiva.
Em outras palavras: o conjunto da obra é impecável.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Midge & Baby Happy Family

         Muito feliz, pela minha nova aquisição. Espero ansiosa minha Midge & Baby Happy Family chegar!




Promise


                                                 Nunca Prometa nada se não pode Cumprir.


Promessas

just-amemory:</p>
<p>Oi distância, eu te odeio. Sabia?” /></a></div>
<div class=

Promessas são promessas, não devem ser quebradas, não podem. Elas pedem para serem lembradas todos os dias, ficam cravadas, implorando por cumpri-las. Não vai cumprir ? então não prometa, não faça isso com os outros, com você mesmo. Não deixe sua credibilidade ir embora, seu encantamento, não seja distraído, nem bobo, não deixe isso se perder.

Simples assim.

Você nunca terá uma segunda chance para causar uma primeira impressão.

Não espere que as pessoas façam o que você tem que fazer.

terça-feira, 22 de maio de 2012

Let's Rock

Considerada maior exposição do gênero na América Latina: a Let's Rock, bebê.

Por meio de pocket shows, workshops, exibição de filmes, palestras e eventos exclusivos, a mostra busca ressuscitar partes deste universo, tão rico. Queria muito ir!!!


Realizada em parceria de músicos, bandas, colecionadores e museus, assim como o Rock and Roll Hall of Famee, a Let’s Rock está dividida em quatro níveis, e conta com a exposição de objetos de bandas, como figurinos, cartazes, instrumentos, entre outras preciosidades. Maquinas de pinball (como a do The Who), cabines com discos e áudio de diferentes fases do rock, além das belíssimas fotos de Bob Gruem (“The Rock and Roll Photographer”).



                                  Visita da banda Charlie Brown e família à mostra Let's Rock.