Se houvesse alguma dúvida sobre o caráter criminoso dos PMs
grevistas da Bahia, ela foi dissipada pelas fotos publicadas pelo Correio na
edição de sexta-feira.
Ataques a ônibus e ameaça armada a motoristas e passageiros
são ações de quadrilheiros, os grevistas só faltaram incendiar os coletivos
para se igualar aos traficantes que aterrorizaram a população dois anos atas.
Gritos de guerra com armas para o alto, flagrados pelo fotógrafo do Correio.
Também tiram qualquer razão do movimento. Como toda a categoria, policiais têm
direito a reivindicar melhores salários e condições de trabalho, a organização
e a negociação fazem parte da democracia. Mas é também a democracia que garante
a todos segurança e o direito de ir e vir. É lamentável ver policiais, que têm
a obrigação funcional de garantir a segurança, espalharem o pânico entre a
população, responsável pelo pagamento de seus salários como servidores, usando
armas que deveriam servir para proteger.
Quem age como criminoso, merece ser tratado como criminoso:
Os responsáveis pelos atos de vandalismo e pelos ataques aos ônibus devem ser
processados e não podem continuar na polícia. A decisão do governo baiano em
pedir reforço da Força Nacional e das Forças Armadas foi importante para
melhorar a sensação de segurança, mas será necessário mais do que isso para
devolver à população o direito de ir e vir em paz.
Em uma área tão delicada, as autoridades públicas precisam
estar duplamente atentas e não devem deixar que um movimento reivindicatório
fuja do controle como aconteceu no caso da greve deflagrada por este grupo de
policiais. A perda de vidas e estado de pânico da população são as conseqüências
mais dramáticas destas ações violentas que atingem também a imagem da Polícia
Militar, da Secretaria de Segurança e do próprio Estado da Bahia.
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