quarta-feira, 4 de julho de 2012

Imprensa livre, imparcial e objetiva existe?



Muito se fala a falta de independência e imparcialidade da mídia, muito vista na imprensa nos dias atuais. Os leitores, sensatos e mais convencionais, parecem acreditar de verdade na possibilidade de imprensa livre, autônoma, imparcial e objetiva. Não há, e, possivelmente, jamais haverá imprensa inteiramente independente e imparcial. O que alguns buscam na verdade, é o máximo de objetividade, nem sempre sustentada na informação de que a objetividade é relativa e moldada por um olhar ideológico ou por uma percepção mediada por interesses. Não existe fatos crus, apresentados sem interpretação e sem vieses, mas o respeito aos fatos é crucial. O que se exige é um terreno mínimo ou comum, baseado em parâmetros admitidos pela maioria, ao se apresentar as ideias-verdades dos grupos políticos, econômicos, sociais e culturais. A isso chamam "imparcialidade”, o que nesse sentido que o filósofo Max Weber afirmou que "neutro é quem já se decidiu pelo mais forte".

A ideia de uma imprensa não-partidária, ou seja, que não se posicione politicamente é um juízo de valor oriundo do jornalismo, no qual o posicionamento político é natural e necessário. A imparcialidade, deste ponto de vista, só pode ser alcançado se o jornalismo não for encarado com dois pesos e duas medidas.

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