domingo, 28 de outubro de 2012

Eu acreditei em tudo




E eu fiz de tudo, acreditei em tudo, sofri por tudo. Esperei e esperei mais uma vez. Não sei o que tem aqui dentro, não sei o porquê disso tudo, mas não é legal desse jeito. Eu lutei contra o que eu nunca tive que lutar, eu escondo a dor de todos, eu morro por dentro, mas estou vivendo por fora.
Por sua causa. Eu sonho com o que não vai acontecer, sabendo que não vai acontecer, e eu choraria por isso, se as minhas lágrimas não tivessem secado. A promessa de não chorar que eu fiz a muito tempo a mim mesma de fato funcionou e eu sei que agora eu preciso desse choro. As lágrimas presas nos meus olhos entalam minha garganta. Mas eu preciso levantar e mostrar para todos eles que eu tenho um coração inalcançado  que nada disso me importa e que você não significa algo para mim. Você no momento, é o meu doce amargo segredo.

Caio & Eu



Apertou o livro entre dedos subitamente frios, depois colocou-o no colo para ajoelhar-se e estender as mãos em direção ao fogo. Eu parado na porta às quatro da manhã. Você indo embora. Eu me perdendo então desamparado entre cinzeiros cheios e garrafas vazias. Você indo embora. Eu indeciso entre beber um pouco mais ou procurar uma beata em plena devastação ou lavar copos bater sofás guardar discos mastigar algum verso adoçando o inevitável amargo despertar para depois deitar partir morrer dormir sonhar quem sabe. Você indo embora. Acordar na manhã seguinte com gosto de corrimão de escada na boca: mais frustração que ressaca, desgosto generalizado que aspirina alguma cura. Tocaria, o telefone? Você indo embora, fotograma repetido. Na montagem, intercalar. Você indo embora você indo embora.

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Não é drama, se as pessoas soubessem tudo que eu passei, entenderiam porque certas coisas me machucam tanto


Escrever tem sido tão diferente ultimamente. Não tenho tido muito o que escrever. É como se tudo o que for escrito fosse fazer alguma coisa me entende? Como se cada palavra fosse algo que pudesse machucar alguém. Como se cada palavra fosse modificar algo. Sinto-me como se meus pensamentos recentes devem ficar comigo, ao menos por enquanto. Pelo menos enquanto isso tudo não passa. Qualquer coisa que escrevo tem tido perguntas que necessitam de explicações. Eu não quero me explicar. Eu quero me esvaziar. Colocar meus medos, meus pensamentos, minhas sensações, minhas tristezas e alegrias. Mas simplesmente não tenho mais conseguido. Porém continuarei aqui, tentando me esvaziar o máximo que eu puder de tudo o que eu puder.