sábado, 31 de março de 2012

Kiss vai lançar livro gigante.


Kiss vai lançar livro gigante com o mesmo nome do novo albúm da banda
De acordo com informações do site oficial do Kiss, a banda lançará um livro chamado Monster – mesmo nome do vigésimo álbum do grupo, que sai em junho.
A novidade é que o livro, como mostra a foto, terá proporções gigantescas e trará imagens da banda, que deve tocar no Brasil ainda neste ano. Mais detalhes sobre o trabalho devem ser divulgados em breve.
O baterista da formação original do grupo, Peter Criss, revelou também recentemente que lançará uma autobiografia chamada Makeup To Breakup, em outubro.

Fonte: TMDQA 

Doll Agnes Von Weiss



AGNES VON WEISS
LOOKS: JASON WU, ROBERT BEST E MFALCAO
STYLING & GROOMING: MFALCAO
PHOTO: MEIRE TODAO

quinta-feira, 29 de março de 2012

Campanha contra o câncer de mama.

Olá Meninas!!

Achei muito interessante a campanha contra o câncer de mama da Singapura, além de bonita chama muito a atenção com a pergunta : Você está obcecada com a coisa certa? Chamando nossa atenção para o auto exame , que deveria ser um hábito.
O ilustrador Andy Yang Soo utilizou nossos 'grilos' diários com o bico do seio chamando a atenção para o local!
O trabalho é da agência DDB WorldWide de Cingapura.



Verdade!




"A beleza chama atenção. 
O que tem por dentro, conquista".

Sou reciprocidade...



"Ela o amava. Ele a amava também.E ainda, que essa coisa, o amor, fosse complicada demais para compreender e detalhar nas maneiras tortuosas como acontece, naquele momento em que acontecia dentro do sonho, era simples. Boa, fácil, assim era. Ela gostava de estar com ele,ele gostava de estar com ela. Isso era tudo."( Caio Fernando Abreu )


"A gente encanta os outros, mas nem sempre sabemos amar".





terça-feira, 27 de março de 2012

Renato Russo faria 52 anos hoje.

Hoje, 27 de março, o cantor Renato Russo faria 52 anos! O vocalista da banda Legião Urbana era soropositivo e faleceu em 11 de outubro de 1996. Seis dias depois, a banda se desfez.

Ex-baixista da Legião Urbana vira morador de rua



Renato Rocha diz viver há cinco anos como sem-teto no centro do Rio de Janeiro, e que nunca foi dependente de drogas. Renato Rocha, ex-baixista da Legião Urbana, está vivendo há cinco anos como sem-teto nas ruas do Rio de Janeiro.
O músico foi encontrado, sentado em frente a uma agência bancária no centro da cidade.
Rocha, que entrou para a banda a convite do cantor Renato Russo, foi despedido alguns anos depois. Segundo um vídeo da época, o baixista foi expulso, de acordo com Dado Villa-Lobos, por "ser muito louco".
Falando do grupo, Renato Rocha diz sentir saudade dos tempos de sucesso: "Adoro ouvir Legião no rádio"; e sobre Russo: "Ele era uma pessoa muito inteligente. E (quando estava) sóbrio, era fácil de conviver; só que ele bebia sem limites".
Ainda sobre drogas e álcool, o músico afirma nunca ter sido dependente: "Às vezes você toma um calmante e é considerado droga. Eu preferia tomar um calmante para controlar o nervosismo". Mas falando sobre as festas, admite: "Depois (dos shows) pode liberar tudo".

Ex-baterista da Legião Urbana, Marcelo Bonfá comentou o caso no Twitter. "Nós da banda sempre tentamos ajudar o Renato Rocha, mesmo quando ele ainda era um músico ausente dentro na banda. Depois disso ele se distanciou e se envolveu em problemas que iam além das nossas possibilidades de ajudá-lo."
"Muito depois, o Dado,que tem um estúdio, tentou ajudá-lo oferecendo-o uma participação numa gravação.Mas o RR não conseguiu realizá-la. Algumas pessoas aqui estão bastante equivocadas sobre a ideia de qualquer culpa que possamos ter, eu e Dado, na vida que ele escolheu para si. Posso dizer que eu faço a minha parte quanto a ajudar pessoas dentro do meu raio de ação e que ainda assim vão além da minha própria família."
O  pai de Renato, Sebastião Rocha - advogado com 84 anos de idade - disse que soube do filho há poucos dias, e que o baixista chegou nessa situação devido à dependência de drogas, que teve início após o fim de seu casamento. Sebastião planeja também ir ao Rio para tirar o filho das ruas.
Falando sobre o dinheiro ganho com os direitos autorais das músicas da Legião Urbana, Renato Rocha reclama: "Como pode um disco vender mais de 12 milhões de cópias e eu ficar na rua?"

segunda-feira, 26 de março de 2012

7 mentiras sobre homens e sexo +5 verdades absolutas.

Quantas vezes você já ouviu "era enooorme" ou "fizemos sexo por quatro horas seguidas"? a minha revista favorita Nova Cosmopolitan desvendou os mitos que tomam conta da nossa cabeça e se enfiam no meio dos lençóis. Você nunca mais vai olhar um homem da mesma forma.

Mentira 1: os homens estão sempre com tesão
Esse é um mito perigoso. Há um milhão de motivos pelos quais seu amado pode querer ficar longe da cama - e eles não têm necessariamente relação com a atração que sente por você. A ansiedade por uma promoção no trabalho e até o fracasso do time de futebol podem ter efeito apaga-fogo.

Essa ideia de que os homens devem estar sempre a ponto de bala pode estragar o relacionamento. Quando o sexo não acontece, nós mulheres nos sentimos rejeitadas e eles, humilhados. "O mito é tão forte que os homens são enganados pela própria expectativa", diz a psicóloga e terapeuta sexual Ana Canosa, da Sociedade Brasileira de Estudos em Sexualidade Humana.

No consultório, ela atende muitos pacientes com queixa de que a parceira faz pouco sexo. "À medida que o interesse da mulher cresce, porém, eles próprios acabam percebendo que também ficam indispostos e que estava tudo bem antes."

Mentira 2: Pés grandes = pênis grande
Se alguém calça 44, todo o resto vai ser proporcionalmente grande, certo? Não, para a infelicidade das namoradas de jogadores de basquete. Pesquisadores da universidade inglesa College London decidiram tirar a prova - e as medidas. O que descobriram? Nenhuma relação entre o tamanho das meias e o da camisinha. Nem pés nem mãos. "Cada membro é determinado por um gene distinto", afirma o ginecologista Eliano Pellini, chefe do Departamento de Sexualidade da Faculdade de Medicina do ABC, na Grande São Paulo.

Mentira 3: Eles querem mais sexo do que nós
Uma possível origem dessa lenda é o fato de os homens estarem interessados em sexo de maneira mais constante, enquanto somos afetadas por mudanças hormonais. Eles também atingem o pico de vigor sexual mais cedo, o que pode causar descompasso a certa altura do campeonato. Por isso é cada vez mais comum ver mulheres mais velhas dividindo a cama com parceiros mais jovens.

Além do mais, nunca foi socialmente proibido à ala masculina fazer sexo somente por prazer. "Os homens aprenderam a transar para relaxar, para comemorar, para esquecer os problemas...", destaca Ana. Gradativamente, muitas mulheres vêm enxergando o ato da mesma forma. E aí o desejo delas não perde em nada para o deles.


Mentira 4: O pênis deve ter mais de 15 centímetros
Cuidado para não cair na propaganda enganosa. Embora metade dos brasileiros acredite nessa farsa, a média nacional é quase um Playmobil comparado a ela: 9,5 (14 em ereção).

Você pode até achar um pênis grande mais bonito, mas quem vê cara não vê eficiência. "A vagina envolve o pênis, se adaptando a qualquer tamanho", diz Pellini. Sem contar que 70% das mulheres só atingem o orgasmo por meio da estimulação do clitóris - o que não tem nada a ver com o tamanho, e sim com a habilidade dele em acertar uma localização geográfica.

Mentira 5: Eles nunca fingem orgasmo
Claro que para os homens é mais difícil esconder a evidência - ou a falta dela. Mas 26% deles fingem, sim, segundo a pesquisa Sexualidade dos Brasileiros, do Instituto Datafolha. "A confusão existe porque a resposta sexual masculina começa com a ereção", explica a sexóloga Maria Luiza Cruvinel Moretti, de São Paulo. Mas ela significa apenas que as terminações nervosas do pênis foram estimuladas. "O orgasmo é a etapa seguinte, quando ocorrem pulsações e contrações", completa. Portanto, um homem pode, sim, simular o clímax. E pelo mesmo motivo que as mulheres: terminar o ato mais cedo sem ferir seus sentimentos.

Mentira 6: Preliminares não são para eles
Os mais jovens até costumam dispensá-las por medo de ejaculação precoce, mas a maioria ama um ensaio antes da estreia. "Os homens adoram criar tensão gradualmente", afirma a psicoterapeuta britânica Paula Hall.

Além disso, nós mulheres estamos cada vez mais exigentes, o que fez com que os homens descobrissem prazer em simplesmente ver a parceira sentindo prazer. Tanto que, em uma pesquisa feita pela Universidade de New Brunswick, no Canadá, o tempo médio de preliminares considerado ideal por eles foi de 18 minutos. Já pelas mulheres, cinco.

Mentira 7: Eles só ficam excitados se a calcinha for sexy
Não é das vermelhas que eles gostam mais. Uma marca inglesa de produtos de lavanderia entrevistou mais de mil homens e chegou à cor campeã de elogios: a preta. Mas o que realmente os deixa excitados é a variedade. Modelos diferentes permitem que seu gato se sinta fazendo sexo cada vez com um tipo de mulher (fetiche!). Claro, quando há tesão, a coisa vai com qualquer modelo. Mas, mesmo que seu marido adore sua calcinha fio dental, se a vir sempre vai acabar entediado. É como provar o mesmo cereal toda manhã.

Agora, a verdade
1. Homens adoram pornô
Tanto quanto você ama o Johnny Depp. E o cérebro masculino é mais sensível à estimulação visual.

2. Gostam quando você toma a iniciativa
Principalmente os mais jovens e com maior escolaridade, aponta o Instituto Kinsey para Pesquisas sobre Sexo, nos EUA.

3. Contam tudo aos amigos
E não só para se gabar. Muitos conversam sobre problemas e dicas para aumentar o prazer.

4. São inseguros
Maiores encanações: ejaculação precoce e medo de broxar. Não satisfazer a parceira atormenta 56% deles.

5. Adoram experimentar
Eles se masturbam mais e por isso enjoam mais rápido dos métodos testados.
  Fonte: Nova Cosmopolitan


domingo, 25 de março de 2012

Tentativas Em Vão.

Se eu soubesse o que fazer pra tirar você da minha cabeça
Um lado diz que quer ficar com você o outro diz esqueça

Se eu soubesse o que fazer pra tirar você da minha cabeça
Um lado diz que quer ficar com você o outro diz esqueça

Mas acontece que o meu coração não é de papel
Que a chuva molha e as palavras se apagam
A minha mente gira feito um carrossel
Tentando buscar a saída
Pra tirar você da minha vida

Tentativas em vão tentar tirar você do coração
e como vou viver sem respirar
É como querer apagar a chama de um vulcão.

Eis o Dom Juan.

Hoje temos sessão de cinema para compreenderem profundamente a polaridade sexual. Atentem bem nas palavras do mestre, no cuidado com que ele se prepara, na forma como aborda a mulher. Reparem como a mulher começa por ser - como todas as mulheres - altiva, escamoteando-o.Reparem como não há um segundo de hesitação ou insegurança por parte dele.


Reparem na força interior, na segurança, na firmeza. E mais que isso, ouçam o que ele diz. É com este cuidado, atenção e dedicação que se trata uma mulher. E é isto que a maioria das mulheres quer de um homem. Que consiga ser seguro e confiante, sem ser indiferente nem negligente.


Casanova foi um homem dotado de grande erotismo. Ele amava as mulheres que desejava e desejava as que o amavam. Nascido em Veneza em 2 de abril de 1725, Giovanni Jacopo Casanova relatou em suas "Memórias" as suas aventuras sexuais mantidas com 116 mulheres, citadas nominalmente na obra e pertencentes a todas as camadas sociais da população. Antes de ele nascer, a figura ficcional de Dom Juan já havia sido inventada (no século XVII). Até onde chega a influência dessas duas figuras?

Muitos vêem na figura mítica de Dom Juan um homem ardente e sensual, mas há controvérsias. O traço de caráter mais dominante que podemos descobrir nele é o desejo de domínio, confirmando a antiga intuição de que onde falta o amor surge o impulso para o poder. Ele está obcecado em provar, a cada momento e em qualquer circunstância, que é viril e atraente. Dom Juan é um homem que duvida profundamente de sua virilidade.

Em contraposição a Dom Juan, que em sua qualidade de frio caçador não via na mulher senão a presa a conquistar, Casanova em geral brindava suas parceiras com um jogo erótico verdadeiramente carinhoso e não queria humilhá-las. A mulher que se entregava a ele podia contar com sua ternura e carinho.

No entanto, essa aventura sexual, muitas vezes confundida com amor, não é tão passional e comovedora quanto possa parecer à primeira vista. O curso vital de Casanova é uma fuga constante em face do amor. Escapou dele com toda a habilidade de sua personalidade de espadachim, com mil escusas e manobras, que ele mesmo não chegou a compreender. Entregou-se tão apaixonadamente aos braços do sexo porque encontrou nele um recurso contra o amor.

Tal personalidade constitui um tipo bastante comum no mundo masculino contemporâneo. Muitos homens são "casanovas" no sonho e na prática. O mito de Casanova significa um ideal discutível de masculinidade: a auto-afirmação por meio da conquista sexual.

Ninfomania é a variante do comportamento sexual em que a mulher se sente ansiosa para mudar constantemente de parceiros, não estabelecendo um relacionamento pessoal estável com nenhum deles. A exemplo do que ocorre no homem "casanova", o sexo é relevante para a mulher ninfomaníaca: não em termos de gratificação erótica, mas como uma maneira de satisfazer a necessidade de auto-afirmação.

Quanto ao desempenho sexual propriamente dito, a ninfomaníaca, embora experimente excitação, raramente chega a atingir o orgasmo. O que a deixa quase sempre frustrada e a leva a procurar novas experiências eróticas. Na maioria das vezes, a escolha dos parceiros não obedece a qualquer critério preestabelecido. Em geral essa escolha recai principalmente sobre pessoas desconhecidas, com as quais a ninfomaníaca não mantém ligações afetivas.

Messalina, mulher do imperador Cláudio Primeiro (10 a.C. — 54 d.C.), de Roma, talvez seja o exemplo mais famoso de ninfomaníaca. No entender de muitos pesquisadores, a exemplo do que ocorre com o homem "casanova", a capacidade da ninfomaníaca de seduzir um número elevado de homens é utilizada com o intuito de fugir de uma autêntica e duradoura relação amorosa.



Jonatas Dornelles
Antropólogo

quarta-feira, 21 de março de 2012

This way!

Ela tem um jeito meiga de ser. Cara de menina mimada. Um quê de esquisitice, uma sensibilidade incrível de flor, um jeito encantado de ser e um tom de doçura. Uma doçura boa de provar que não enjoa. Se faz de difícil, mas no fundo eu sei o que ela quer. Me provoca. Joga água e sai correndo. Morre de ciumes, mas me mata de saudade. Me xinga, me belisca quando à provoco, mas no fim acaba ganhando beijinhos. Na hora H diz que sou safado e manda eu parar, mas adora. Quando recuo, volta à me provocar. Eu, como garoto levado que sou, não resisto. Ela me arranha, eu mordo. Ela me abraça, eu aperto. Ela pede pra parar, eu quero mais. Ela faz biquinho, eu beijo. Quando eu penso que não, ela quer mais. Quando ela quer mais, eu já passei do mais. Linda de tão linda. Tão mais tão perfeita. Tão per-feita. Tão feita pra mim. O sorriso dela é apaixonante. O beijo é molhado. Os arranhões são intensos. A pegada é forte. O abraço é apertado. As palavras e os olhares, são sinceros. O ciumes é chato, mas eu adoro. Às vezes eu xingo, brigo, querendo sempre estar na minha razão, depois eu volto todo bobo, pedindo desculpas. Quase sempre finjo que não me importo, mas não vivo sem (...)

terça-feira, 20 de março de 2012

Lá vem o candidato!

Ano político e você já pensou sobre o que quer? Os pré-candidatos já estão com seus projetos 'em branco' em mãos, o que eles têm a oferecer? Será que queremos o Governo Dilma,bem mais à esquerda? Nem que isso venha a contrariar poderosos interesses.
  O que queremos afinal, quais são nossos anseios?
  Queremos uma reforma urbana de verdade e não somente praças com coqueirinhos, queremos uma política social mais ousada,queremos que os trabalhadores paguem menos impostos,queremos que os bancos paguem muito mais impostos do que estão pagando hoje,queremos que os ricos fiquem menos ricos,que os pobres sejam menos pobres,queremos uma reforma agrária de verdade, com pessoas de verdade. Queremos mais saúde pública, queremos mais educação pública, queremos mais empregos com salários dignos, queremos todas as crianças e adolescentes nas escolas em tempo integral, sim digo integral para que enquanto os pais estão trabalhando nossas crianças não fiquem nas ruas ou aos cuidados de seres que ao invés de cuidar agridem. Queremos combate duro contra todas as formas de corrupção.Queremos um pais muito melhor para as futuras gerações.
  Se Lula é já um mito,ainda vivo,que se iguala a um outro mito brasileiro,Getulio Vargas.Gênio político absoluto,Lula conseguiu dar um verdadeiro nó na oposição,o qual ela não conseguiu desatar até agora,a ponto de se enfraquecer mais e mais a cada eleição.Porém para essa oposição que aí está isso é bem feito.Porque não é uma oposição baseada em propostas,mas uma oposição baseada no preconceito e no ódio, é o que mostra diariamente os meios de comunicação, sem vinculo com os anseios maiores da população, fazem tudo em benefícios próprios. Até quando vão continuar com esse discurso vazio de ideias,de propostas, de projetos,amparada por uma mídia corrupta? E esses que são da oposição não sabem que  nossa maior oposição atual  é o imperialismo com suas guerras, clandestina, aberta e camuflada, é preciso ter uma poderosa frente antiimperialista que abarque todos os setores.

Não existe mulher que gosta de apanhar...



Há uma frase atribuída a Lênin, segundo a qual não há
revolução sem teoria.

 Pensar criticamente é não aceitar o que nos foi dado como algo definitivo, certo, imutável.

É não se acomodar diante do fácil, do que está funcionando regularmente, é buscar alternativas para o que não funciona, ainda que para isso seja preciso romper com um paradigma, um modelo, um padrão.

Mas que paradigma é esse com o qual precisamos romper? O paradigma da ciência moderna assegura dominação masculina (ver Pierre Bourdieu – A dominação masculina) e ao mesmo tempo a esconde, recusando qualquer discussão sobre o gênero.

O paradigma positivista é androcêntrico e opõe sujeito e objeto, razão e emoção, espírito e corpo, associando os primeiros vocábulos ao masculino e os segundos ao feminino. Tudo de forma subliminar, não dita, razão pela qual Bourdieu cunhou a violência simbólica de violência doce.


  Assim, o pensamento abstrato é atribuído ao homem, enquanto para mulher estão os sentimentos dirigidos às situações concretas. O paradigma positivista androcêntrico é calcado num ideal de objetividade e neutralidade, aceitos como verdade universal. O direito é masculino.

O direito penal falhou porque não cumpriu suas promessas de proteção de bens jurídicos de interesse geral, de combate a criminalidade mediante a retribuição e prevenção geral/especial, de promessa de uma aplicação igualitária das penas (abuso de autoridade/furto qualificado).

O paradigma com a qual precisamos romper é o paradigma do monismo jurídico (Direito = Lei), que acredita que quando um fenômeno passa a ser chamado de crime, ele finalmente adquire o status necessário para ser enxergado pela sociedade e pelas instituições.

É um paradigma que menospreza uma questão social diante de uma chamada questão criminal. É falsa a impressão de que todo crime – enquanto realidade social – é mais importante ou mais grave que um “problema” social. Vou dar dois exemplos que ilustram bem a questão social. A situação em que vivem os meninos e meninas de rua é significada como uma questão social.
  Um latrocínio cometido por um adolescente é crime que justifica a redução da idade penal. Sabendo como são construídas as figuras formais dos crimes podemos, com um mínimo de espírito crítico, afirmar que os problemas sociais são às vezes muito mais graves que muitas figuras penais.

O crime não existe enquanto realidade ontológica (como a chuva, por exemplo), sendo uma construção social. Dentro do mundo ideal (deve ser = mundo do direito), as condutas definitivas pela sociedade são reunidas no código penal ou em leis penais especiais e com base nisso são considerados criminosos aqueles que as violam. Sob essa ótica, quem faz nascer o criminoso é o estado-legislador, já que antes dele dizer o que é crime não há criminoso.

Quem é criminoso hoje, amanhã pode acordar não sendo, como aconteceu recentemente com o (a) adúltero (a). Dentro do mundo real, na prática, verifica-se que a maioria das condutas criminosas são definidas baseando-se nos decisões e dos interesses de elite política, econômica e intelectual.

Assim é que no crime de furto qualificado (em não há violência, nem ameaça contra pessoa) a pena de prisão pode chegar a 8 anos, enquanto no crime de abuso de autoridade (que pode configurar espancamentos terríveis) a pena varia de 10 dias a 6 meses ou multa. O senso comum, que exerce influência e dialoga com os demais saberes, associa crime com prisão e castigo.
 
  Assim, a importância de um crime varia conforme o castigo masculina, recusando o paradigma de gênero. O §2°, do artigo 3°, diz que cabe à família, à sociedade e ao poder publico criar as condições para efetivação dos direitos da mulher em situação de violência doméstica. O parágrafo único
do artigo 5° reconhece a relação homo afetiva como uma realidade social, e como tal sujeita à reprodução da violência doméstica, quando diz que as relações pessoais enunciadas independem de orientação sexual. Maria da Penha rompe com paradigmas quando propõe integração multidisciplinar, ao invés de especialização, de atuação desarticulada, como por exemplo no artigo 8°, I, recusando a forma hierarquizada e estanque com que as instituições atuam no paradigma vigente. Reconhece à mulher a categoria de sujeito, recusando a postura de vítima alienada, mero objeto do processo penal, apostando no fortalecimento de sua autonomia ao valorizar sua manifestação de vontade, mediante o instituto da representação (artigo 16). O artigo 4° é especialmente inovador ao reconhecer as condições peculiares das mulheres em situação de violência doméstica, o que implica deixar para trás idéias preconcebidas, como por exemplo, “se desistiu do processo é porque gosta de apanhar”.

Nenhuma mulher gosta de apanhar. LEMBRE-SE SEMPRE:
NÃO EXISTE MULHER QUE GOSTA DE APANHAR, O QUE EXISTE É MULHER HUMILHADA DEMAIS PARA DENUNCIAR, MACHUCADA DEMAIS PARA REAGIR E POBRE DEMAIS PARA IR EMBORA.
 
  É inovador quando manda o intérprete se nortear pelos fins sociais a que Maria da Penha se destina. Isso significa que, enquanto no paradigma tradicional o Direito manda olhar para o crime, para o fato ocorrido, no novo paradigma o fato é o ponto de partida para a construção de uma relação livre de violência, porque esse homem e essa mulher, ainda que se separem, irão constituir novos relacionamentos.

Assim, o foco do novo paradigma não é mera punição do parceiro/parceira violento/a, mas também a restauração dos laços familiares e sociais abalados (filhos, vizinhos, comunidade, etc), bastante explicitado no artigo 30 que prevê medidas que atendam a ofendida, o agressor e os familiares, com atenção especial às crianças e adolescentes.

 Maria da Penha é inovadora ao valorizar a pesquisa como base para elaborações de políticas públicas sérias no enfrentamento da violência doméstica (art. 38). Se não há revolução sem teoria, também não há teoria sem pesquisa calcada na realidade. Não podemos continuar a elaborar políticas para o tema sem conhecer as realidades dos envolvidos.

Descobrir o que as mulheres agredidas realmente pretendem quando buscam o Judiciário, investigando novas formas de enfrentamento do fenômeno que não as respostas tradicionais são medidas imprescindíveis.
 
  E é essa realidade que trazemos até vocês, por meio dos dados estatísticos que passamos a apresentar. Sabendo da realidade que os guarda, amparados pelos referenciais teóricos que rompem com os paradigmas vigentes, vocês estarão prontos para ir a campo para garantir a efetiva proteção integral que é a alma da Maria da Penha.

Ao contrário de ser negada, a desigualdade entre homens e mulheres precisa ser explicada e compreendida como algo que não impeça o convívio respeitoso e dialógico. Vamos experimentar um olhar diferente, um paradigma diferente.

maria de fatima jacinto

Vamos discutir a relação?

                            

 A sintonia anda estremecida e cada um está rumando para um caminho diferente. Hoje em dia, queremos discutir a relação quando percebemos que algo não vai bem. Priorizando outras companhias ou excluindo o parceiro em nome da individualidade.

Quando uma mulher sente a necessidade de parar para conversar sobre as suas insatisfações em relação ao parceiro é porque já está no seu limite de tolerância e precisa resolver ou, pelo menos, expor o que a está desagradando. Veja, é exatamente aí que entra o conflito, pois a necessidade dela pode não ser a dele. É possível que ele nem saiba o que tem para ser discutido.

A retórica masculina afirma que discutir a relação é coisa das mulheres; elas é que sempre estão a enxergar fatos que não existem e, por serem confusas emocionalmente, acabam estampando a realidade de uma forma exagerada ou egocêntrica. Talvez isso fosse verdade se pudéssemos comparar os homens às mulheres. Cabeça, sentimentos, expectativas, tudo difere, não há o que ser comparado.

Não, eu não estou querendo dizer que os homens são desligados, avoados ou que não percebem as coisas à sua volta. Apenas pensam de maneira diferente e, muitas vezes, nem pensam nesses distúrbios corriqueiros que ocorrem entre o casal. Levam a vida de maneira tão sutil e despreocupada que já nem lembram o que houve e que precisa ser esclarecido formalmente, com hora marcada, seriedade no rosto e a certa distância da parceira.

Mas uma coisa eles percebem rapidamente, quando convidados a discutir a relação, é porque o caso não está nada bem e pode piorar, principalmente se houver recusa em sentar e ouvir. Sim, ouvir, pois muito pouco eles dizem, e, geralmente, não concordam com as argumentações femininas sobre o seu comportamento. Relutam, combinam três ou quatro frases de apaziguamento e até prometem uma ou outra mudança para acabar logo com o clima formal e enfadonho.

Discutir a relação pode ser saudável desde que ambos sintam essa necessidade, caso contrário, essa ação frequente e insistente (por parte de um dos dois) pode acabar comprometendo o que, de repente, não está tão instável assim. Se existe vontade em permanecer com o outro é porque há sentimentos, há uma história significativa, senão, o maior interessado em esclarecer os fatos seria justamente aquele que está deixando a desejar. Discutiria logo a relação a colocaria um fim em tudo, não acha?

Maturidade, essa é a palavra principal para entender o que está acontecendo com o seu relacionamento. Podem-se construir novas formas de alinhar o que está desajustado, basta apenas um pouco de imparcialidade posto que uma relação contém dois personagens com pensamentos, anseios e personalidades exclusivos. Que não seja vista apenas a sua vontade e sim a de ambos e que seja uma ação restrita aos dois, sem envolvimento de filhos, amigos, parentes, etc. Cada um sabe de si e ninguém mais.

Acredito, sinceramente, que esse gosto por discurtir a relação seja mais acirrado nas mulheres pelo peso que dão aos seus relacionamentos. Querem um perfeccionismo que não será alcançado dado o fato de que não depende só delas a condução de uma vida a dois.

Talvez, se déssemos mais leveza e espontaneidade aos nossos relacionamentos, não se fizesse necessário nenhuma discussão. Cobrança não é bom para ninguém! Nem para um, nem para outro. Será que nós, mulheres, já paramos para pensar nisso?
                                                       sweetafrodite

sábado, 17 de março de 2012

Supero e agradeço!

 Parece que tudo está indo bem, mas eu sempre tenho a sensação de que alguma coisa, talvez mesmo que pequeno no fundo está errado. Sempre tenho a sensação que um relacionamento saudável seja impossível no meio dessa odisseia toda, acontece que muitas vezes não podemos ver os erros, e tão estranho então fico com essa certeza de que estou sendo enganada. E fico surtando procurando, investigando, revirando o mundo pra encontrar os vacilos, mentiras, motivos... Percebe a loucura?

É como se ninguém pudesse me amar e ponto, qualquer carinho, dedicação e aproximação me parece suspeito. Percebe a tortura?

Fico oscilando entre confiar e desconfiar, querendo viver uma história leve sem cobranças, e minha outra parte se joga e se afoga em neuroses. Responda-me quem aguenta isso, ninguém ao menos tentou percorrer meu eu, minha identidade o que sou ou o que fui, pois o que serei pouco importar, o que importar e encontrar quem me decifre e não me julgue. Somente assim poderia me entregar, mas antes tenho que saber se posso ir por inteira.

Sou louca de pedra, entro no meu mundo por um tempo, sem mistérios, sem alguém para se importar eu já conheço meu lugar e a porta de saída... Mas que se dane se uma pessoa não tem paciência ou capacidade de afastar meus medos, o que de fato posso esperar então se não mandar tudo a merda. Não obrigo ninguém a caminhar junto comigo, sou complicada e tenho manias estranhas. Sou difícil de lidar, mas se você não sabe lidar com o meu pior, então com certeza, você não merece o meu melhor.

Eu supero e agradeço!

Make.

Vanessa Hudgens preferiu um make mais pesado e bem marcado. A atriz apostou na sombra preta em toda a pálpebra móvel e puxou um pouquinho no canto externo, fazendo um rabinho de gato. Para finalizar, ela usou um lápis preto na linha d’água e iluminador no canto interno. (Detalhe para o prata/cinza brilhante aplicado no cantinho interno descendo rente aos cílios inferiores).


Ótimo para copiar para uma festa no fim de semana, beijo meninas, até um próximo post *-* 





sexta-feira, 16 de março de 2012

Meu ídolo George foi levado algemado


O ator e diretor de cinema George Clooney foi levado algemado acusado de invadir a embaixada do Sudão em Washington, em um protesto contra as ações do presidente Omar al Bashir, nesta sexta-feira (16).
Clooney, seu pai Nick e outros ativistas ignoraram três alertas policiais para deixarem a área da embaixada e foram levados algemados em uma van do Serviço Secreto.

O ator tem se tornado um fervoroso militante pela causa do país africano, denunciando a crise humanitária que assola as regiões fronteiriças entre o Sudão e o Sudão do Sul. Na quinta,  ele esteve na Casa Branca para tratar do tema com o presidente Barack Obama.
Após a reunião, ele disse que pediu a Obama que convença a China a unir-se à pressão internacional sobre o governo sudanês com o objetivo de permitir que as forças de socorro entrem na fronteira sul do país, castigada pela fome.

 Nesta semana, o ator também esteve na Comissão de Relações Internacionais do Senado para falar sobre o tema.
Clooney viajou recentemente a Kordofan do Sul, um estado do Sudão onde os combates entre o exército de Cartum e os rebeldes favoráveis a uma anexação com o Sudão do Sul levaram à fome.
De volta aos Estados Unidos, o ator acusou o governo de Cartum de crimes de guerra, falando ante uma comissão do Senado.

Crítico de longa data do governo do Sudão pelo conflito separatista em Darfur, Clooney disse à comissão do Senado que o presidente Omar al Bashir e seus colaboradores estão "provando ser os maiores criminosos de guerra deste século até o momento".
O Sudão do Sul se tornou independente em julho do ano passado, depois de duas décadas de guerra civil. No entanto, outro conflito separatista explodiu pouco depois em Kordofan do Sul e perto do estado de Nilo Azul, no qual Cartum combate contra os insurgentes, uma vez aliados aos ex-rebeldes que agora governam o Sudão do Sul.

terça-feira, 13 de março de 2012

Dilma ressalta importância das mulheres nos programas sociais do governo



A presidenta Dilma Rousseff afirmou em pronunciamento em cadeia nacional, que as mulheres continuarão a ser prioridade nos programas sociais do governo. Segundo Dilma, por ser a “principal mola de propulsão” para vencer a miséria, a mulher consegue gerar melhorias para toda a família ao sair de uma situação de vulnerabilidade.



A mulher é a principal mola de propulsão para vencer a miséria. Sabe por quê? Porque ela é o centro da família. Porque quando uma mulher se ergue, nunca se ergue sozinha, ela levanta junto seu companheiro, ela levanta junto seus filhos, ela fortalece toda a família. Vem daí a importância que damos à mulher nos nossos programas sociais. 93% dos cartões do Bolsa Família estão, por exemplo, em nome de mulheres.

Durante o pronunciamento, Dilma anunciou que na segunda etapa do Minha Casa, Minha Vida a escritura das moradias do programa serão feitas em nome das mulheres.


47% dos contratos da primeira etapa do Minha Casa, Minha Vida foram assinados por mulheres. Este percentual será ainda maior no Minha Casa, Minha Vida 2. Nele, a escritura dos apartamentos populares será feita em nome da mulher.

A presidenta criticou a diferença salarial entre homens e mulheres que ocupam as mesmas funções no mercado de trabalho e disse que esta situação tem que mudar.


Nos últimos anos, a taxa de desemprego feminino vem caindo com mais força, mas ocupamos apenas 45% das vagas de trabalho disponíveis e continuamos recebendo menos que os homens pelo mesmo trabalho realizado. Isso tem que melhorar.

No pronunciamento, a presidenta citou ainda a Lei Maria da Penha como um instrumento “poderoso” de combate à violência contra a mulher e elogiou decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que garante a continuidade dos processos contra os agressores mesmo que a vítima retire a queixa.


A mulher brasileira merece, portanto, cada vez mais justiça, amor e paz. E isso deve começar em cada lar. Desde 2006, temos na Lei Maria da Penha um instrumento poderoso para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher. Há poucos dias, o Supremo Tribunal Federal (STF) fortaleceu o combate à violência doméstica ao decidir que se um homem agredir uma mulher será processado mesmo que ela não apresente denúncia e mesmo que ela retire a queixa. Nesta área, o governo federal também está fazendo a sua parte. Ainda este ano, vamos ampliar para 1.100 unidades os serviços de atendimento à mulher em situação de violência.
        Fonte: Blog do Planalto

domingo, 11 de março de 2012

Amor próprio



É claro que o amor é importante. É ele quem vai te salvar de se sentir a pior pessoa do mundo. É ele quem vai te proteger das críticas e de toda a inveja. É ele quem vai estar com você quando todos te abandonarem. É ele que vai te mostrar que você não precisa de ninguém para ser feliz. É ele que vai te levantar quando você cair e te ajudar a começar de novo. É ele. Amor próprio.

Não basta virar a página.


quinta-feira, 8 de março de 2012

Mulherão por Martha Medeiros.


Peça para um homem descrever um mulherão.
Ele imediatamente vai falar no tamanho dos seios,
na medida da cintura, nas pernas, bumbum vão
dizer que tem que ser loira, 1,80 m, siliconada.

Agora, pergunte para uma mulher o que ela
considera um mulherão e você vai descobrir
que tem uma em cada esquina...

Mulherão é aquela que pega dois ônibus para
ir ao trabalho e mais dois para voltar e, quando
chega em casa, encontra um tanque lotado de
roupa e uma família morta de fome.

Mulherão é aquela que vai de madrugada para
a fila garantir matrícula na escola e aquela
aposentada que passa horas em pé na fila do
banco para buscar uma pensão de R$ 100,00.

Mulherão é a empresária que administra dezenas
de funcionários de segunda a sexta e uma família
todos os dias da semana.

Mulherão é quem volta do supermercado segurando várias sacolas depois de ter pesquisado preços e feito malabarismo com o orçamento.

Mulherão é aquela que se depila, que passa cremes,
que se maquia, que faz dietas, que malha, que usa
salto alto, meia-calça, ajeita o cabelo e se perfuma, mesmo sem nenhum convite para ser capa de revista.

Mulherão é quem leva os filhos na escola, busca
os filhos na escola, leva os filhos na natação,
busca os filhos na natação, leva os filhos para
a cama, conta histórias, dá um beijo e apaga a luz.

Mulherão é aquela mãe de adolescente que não
dorme enquanto ele não chega. é quem, de manhã
bem cedo, já está de pé, esquentando o leite.

Mulherão é quem leciona em troca de um salário
mínimo, é quem faz serviços voluntários, é quem
colhe uva, é quem opera pacientes, é quem lava a
roupa para fora, é quem bota a mesa, cozinha o
feijão e, à tarde, trabalha atrás de balcão.

Mulherão é quem cria os filhos sozinha, é quem
dá expediente de 8 horas e enfrenta menopausa,
TPM e menstruação.

Mulherão é quem arruma os armários, coloca flores
nos vasos, fecha a cortina para o sol não desbotar os móveis, mantém a geladeira cheia e os cinzeiros vazios.

Mulherão é quem sabe onde cada coisa está, o que
cada filho sente e qual o melhor remédio para azia.
Julianas, Luizas, Sheilas ...

Mulheres nota 10 no quesito lindas de morrer, mas mulherão é quem mata um leão por dia!

- Martha Medeiros

quarta-feira, 7 de março de 2012

Por onde anda a mulher guerreira?


A imagem de uma mulher guerreira  hoje na modernidade vive uma luta miúda a da "sobrevivência".
A mulher brasileira deixou de ser submissa ao homem, para ser prisioneira do espelho e da mídia, com seus padrões de beleza impostos para um novo tipo de mercado, o da cirurgia plástica. Onde a cada dia a mulher perde sua identidade e fica a procura de uma identificação, a figura da mulher guerreira de outrora se perdeu, e hoje a mulher lembra coisas comestíveis, como mulher melancia, melão, morango e tantas outras frutas.
De Mary a Simone de Beau, nos anos 50 com o objetivo de provar que no feminismo as mulheres tinham que ser vista como um homem e se beneficiar de direitos iguais, mas na verdade não levaram em conta as diferenças concretas entre os sexos e hoje ao contrario disso deve se repensar pois não devemos adotar valores masculinos, pois não precisamos ser como os homens, mas sim valorizar os interesses e virtudes da mulher, tentando equilibrar a liberdade individual e contornar o vazio da modernidade que a cada dia vem como uma onda e  sufoca, queremos fazer tudo perfeito, ser melhor em tudo e fazendo isso faz com que a mulher se afogue em trabalhos, afazeres domésticos e educação dos filhos a tarefa não e fácil, caimos na armadilha do feminismo, pois o homem não acompanhou a nossa velocidade, e hoje fazemos o que eles fazem, mas e eles fazem o que fazemos??? Se a mulher é uma profissional esta no mercado de trabalho, quem educará os filhos? Então nesse caso a mulher é obrigada a utilizar estratégias complicadas, ao investir na carreira certamente ela sacrifica seu tempo livre para o prazer ou ela hipoteca sua vida familiar. A mulher hoje está cada vez mais depressiva e solitária pois a cobrança é imensa, se ela cuida somente da casa ela se cobrar por não ser útil  na economia do lar por não possuir independência financeira, se decide apostar na carreira a cobrança vem de não se fazer presente na vida dos  filhos e cuidados diários com o lar. Vejo que a solução para essa armadilha do feminismo para uma nova sociedade moderna, só será construída com mulheres e homens lado a lado, e cada um desenvolvendo papeis em conjunto.

terça-feira, 6 de março de 2012

Nossa identidade, vamos valorizar.




 Ao ser criado o Dia Internacional da Mulher, não tinha a pretensão de comemorar. Em alguns países, o objetivo da data é realizar conferências e reuniões para discutir o papel da mulher na sociedade. Para assim tentar diminuir o esforço é para quem sabe um dia terminar, com o preconceito e a desvalorização da mulher que ainda hoje, mesmo em números pequenos ainda existe. Mesmo com toda vitoria que em outrora mulheres como Simone de Beauvoir, pensar nos avanços alcançados, elas ainda sofrem, em muitos locais, com salários baixos, violência masculina, jornada excessiva de trabalho e desvantagens na carreira profissional. Muito foi conquistado, mas muito ainda há para ser modificado nesta história.
 Desde 1975, em sinal de apreço pela luta, as Nações Unidas decidiram consagrar o 8 de Março como Dia Internacional da Mulher.
 Hoje e um dia para se pensar em mulheres como, Cecília Meireles e logo se ouvirá uma canção lírica: “Pus o meu sonho num navio e o navio em cima do mar, depois, abri o mar com as mãos, para o meu sonho naufragar.”
 Mulheres leiam Clarice Lispector e, então, um feminino lindo e dramático encherá seu coração “sobretudo um dia virá em que todo meu movimento será criação, nascimento, eu romperei todos os nãos que existem dentro de mim, provarei a mim mesma que nada há a temer, que tudo o que eu for será sempre o meu princípio…”
 Ouvir Clementina de Jesus e saiba de pronto, assim com a certeza dos mistérios, que a raiz da raiz de nossa humanidade comum é negra, é África, é Brasil.
 E Leila Diniz imagine não sentir o mar o mar e suas canções libertárias “ Um cafuné na cabeça, malandro, eu quero até de macaco”.
 Agora imagine hoje as milhares de mulheres anônimas brasileira que segundo estatística uma em cada cinco mulheres do nosso pais recebem de seus parceiros, ao invés de gestos de carinho e amor, os maus tratos e violência que a cada dia mesmo com a lei Maria da Penha cresce. E elas pobre vitimas ainda assim se levantam e seguem em frente, na busca incessante do amor. E famílias que tem uma mulher forte com coragem que segue construindo um mundo de igualdades para si e para os seus, onde essas mesmas são capazes de sustentar e construir alicerces fortes no seio familiar.
 Lembre-se sempre quando for pensar em desistir dos estudos e buscar o aprendizado, veja milhões de mulheres que conquistaram os bancos escolares, ousaram estudar, se escolarizar, e não indo muito longe mulheres pradenses que viajavam três dias de navio até a capital Salvador para concluir seus estudos, com um objetivo de se instruir para através da força da palavra romper os muros da ignorância e do desconhecimento acadêmico da história.
 Por fim, lembre-se sempre quando estive desesperançosa, daquelas mulheres, ainda poucas, mas corajosas, forte e resistentes, que estão na vida política pública, construindo pontes entre os nossos poderes constituídos e os direitos das mulheres para forma politicas públicas para mulheres. Lembre-se sempre de Dilma Roussef “esta mulher não tem medo de nada, enfrenta tudo”, disse Chico Buarque em público diante de seu mistério – assim sentimos esta força interior que vem de Dilma Rousseff.A inda não sabemos direito o que sentir, o que imaginar, como identificá-la, mas jamais desistir de lutar e buscar, procurando sempre exemplos de mulheres citadas aqui nesta matéria e não em mulheres semi-nuas que a todo momento entra nos lares através de uma mídia que prega a aparência e não a essência. Busque na gramática das nossas impressões e seja sempre uma mulher guerreira

sábado, 3 de março de 2012

 Visitando hoje a radio mais popular da cidade com meu amigo Dantas, que testou minha voz e segundo ele tenho uma voz bonita e limpa ;-p
 Quinta-feira estarei fazendo uma pauta na radio para o dia internacional da mulher e acreditem AO VIVO (medoooo)..Mas fica aqui minha indicação para quem quer ouvir o melhor da música e ficar por dentro das noticias, ouça a radio 104,9  FM.
Já deixei ele de cabelo loiro.

Regressando com Clarice Lispector.

Ao mesmo tempo que ousava desvelar as profundezas de sua alma em seus escritos, Clarice Lispector costumava evitar declarações excessivamente íntimas nas entrevistas que concedia, tendo afirmado mais de uma vez que jamais escreveria uma autobiografia. Contudo, nas crônicas que publicou no Jornal do Brasil entre 1967 e 1973, deixou escapar de tempos em tempos confissões que, devidamente pinçadas, permitem compor um auto-retrato bastante acurado, ainda que parcial. Isto porque Clarice por inteiro só os verdadeiramente íntimos conheceram e, ainda assim, com detalhes ciosamente protegidos por zonas de sombra. A verdade é que a escritora, que reconhecia com espanto ser um mistério para si mesma, continuará sendo um mistério para seus admiradores, ainda que os textos confessionais aqui coligidos possibilitem reveladores vislumbres de sua densa personalidade.
              

A descoberta do amor

“[...] Quando criança, e depois adolescente, fui precoce em muitas coisas. Em sentir um ambiente, por exemplo, em apreender a atmosfera íntima de uma pessoa. Por outro lado, longe de precoce, estava em incrível atraso em relação a outras coisas importantes. Continuo, aliás, atrasada em muitos terrenos. Nada posso fazer: parece que há em mim um lado infantil que não cresce jamais.
Até mais que treze anos, por exemplo, eu estava em atraso quanto ao que os americanos chamam de fatos da vida. Essa expressão se refere à relação profunda de amor entre um homem e uma mulher, da qual nascem os filhos. [...] Depois, com o decorrer de mais tempo, em vez de me sentir escandalizada pelo modo como uma mulher e um homem se unem, passei a achar esse modo de uma grande perfeição. E também de grande delicadeza. Já então eu me transformara numa mocinha alta, pensativa, rebelde, tudo misturado a bastante selvageria e muita timidez.
Antes de me reconciliar com o processo da vida, no entanto, sofri muito, o que poderia ter sido evitado se um adulto responsável se tivesse encarregado de me contar como era o amor. [...] Porque o mais surpreendente é que, mesmo depois de saber de tudo, o mistério continuou intacto. Embora eu saiba que de uma planta brota uma flor, continuo surpreendida com os caminhos secretos da natureza. E se continuo até hoje com pudor não é porque ache vergonhoso, é por pudor apenas feminino.
Pois juro que a vida é bonita.”

Temperamento impulsivo

“Sou o que se chama de pessoa impulsiva. Como descrever? Acho que assim: vem-me uma idéia ou um sentimento e eu, em vez de refletir sobre o que me veio, ajo quase que imediatamente. O resultado tem sido meio a meio: às vezes acontece que agi sob uma intuição dessas que não falham, às vezes erro completamente, o que prova que não se tratava de intuição, mas de simples infantilidade.
Trata-se de saber se devo prosseguir nos meus impulsos. E até que ponto posso controlá-los. [...] Deverei continuar a acertar e a errar, aceitando os resultados resignadamente? Ou devo lutar e tornar-me uma pessoa mais adulta? E também tenho medo de tornar-me adulta demais: eu perderia um dos prazeres do que é um jogo infantil, do que tantas vezes é uma alegria pura. Vou pensar no assunto. E certamente o resultado ainda virá sob a forma de um impulso. Não sou madura bastante ainda. Ou nunca serei.”

Lúcida em excesso

“Estou sentindo uma clareza tão grande que me anula como pessoa atual e comum: é uma lucidez vazia, como explicar? assim como um cálculo matemático perfeito do qual, no entanto, não se precise. Estou por assim dizer vendo claramente o vazio. E nem entendo aquilo que entendo: pois estou infinitamente maior do que eu mesma, e não me alcanço. Além do quê: que faço dessa lucidez? Sei também que esta minha lucidez pode-se tornar o inferno humano — já me aconteceu antes. Pois sei que — em termos de nossa diária e permanente acomodação resignada à irrealidade — essa clareza de realidade é um risco. Apagai, pois, minha flama, Deus, porque ela não me serve para viver os dias. Ajudai-me a de novo consistir dos modos possíveis. Eu consisto, eu consisto, amém.”.


Ideal de vida

“Um nome para o que eu sou, importa muito pouco. Importa o que eu gostaria de ser.
O que eu gostaria de ser era uma lutadora. Quero dizer, uma pessoa que luta pelo bem dos outros. Isso desde pequena eu quis. Por que foi o destino me levando a escrever o que já escrevi, em vez de também desenvolver em mim a qualidade de lutadora que eu tinha? Em pequena, minha família por brincadeira chamava-me de ‘a protetora dos animais’. Porque bastava acusarem uma pessoa para eu imediatamente defendê-la.
[...] No entanto, o que terminei sendo, e tão cedo? Terminei sendo uma pessoa que procura o que profundamente se sente e usa a palavra que o exprima.
É pouco, é muito pouco.”

Escritora, sim; intelectual, não

“Outra coisa que não parece ser entendida pelos outros é quando me chamam de intelectual e eu digo que não sou. De novo, não se trata de modéstia e sim de uma realidade que nem de longe me fere. Ser intelectual é usar sobretudo a inteligência, o que eu não faço: uso é a intuição, o instinto. Ser intelectual é também ter cultura, e eu sou tão má leitora que agora já sem pudor, digo que não tenho mesmo cultura. Nem sequer li as obras importantes da humanidade.
[...] Literata também não sou porque não tornei o fato de escrever livros ‘uma profissão’, nem uma ‘carreira’. Escrevi-os só quando espontaneamente me vieram, e só quando eu realmente quis. Sou uma amadora?
O que sou então? Sou uma pessoa que tem um coração que por vezes percebe, sou uma pessoa que pretendeu pôr em palavras um mundo ininteligível e um mundo impalpável. Sobretudo uma pessoa cujo coração bate de alegria levíssima quando consegue em uma frase dizer alguma coisa sobre a vida humana ou animal.”

A síntese perfeita

“Sou tão misteriosa que não me entendo.”

A certeza do divino

“Através de meus graves erros — que um dia eu talvez os possa mencionar sem me vangloriar deles — é que cheguei a poder amar. Até esta glorificação: eu amo o Nada. A consciência de minha permanente queda me leva ao amor do Nada. E desta queda é que começo a fazer minha vida. Com pedras ruins levanto o horror, e com horror eu amo. Não sei o que fazer de mim, já nascida, senão isto: Tu, Deus, que eu amo como quem cai no nada.”


Viver e escrever

“Quando comecei a escrever, que desejava eu atingir? Queria escrever alguma coisa que fosse tranqüila e sem modas, alguma coisa como a lembrança de um alto monumento que parece mais alto porque é lembrança. Mas queria, de passagem, ter realmente tocado no monumento. Sinceramente não sei o que simbolizava para mim a palavra monumento. E terminei escrevendo coisas inteiramente diferentes.”
“Não sei mais escrever, perdi o jeito. Mas já vi muita coisa no mundo. Uma delas, e não das menos dolorosas, é ter visto bocas se abrirem para dizer ou talvez apenas balbuciar, e simplesmente não conseguirem. Então eu quereria às vezes dizer o que elas não puderam falar. Não sei mais escrever, porém o fato literário tornou-se aos poucos tão desimportante para mim que não saber escrever talvez seja exatamente o que me salvará da literatura.
O que é que se tornou importante para mim? No entanto, o que quer que seja, é através da literatura que poderá talvez se manifestar.”
“Até hoje eu por assim dizer não sabia que se pode não escrever. Gradualmente, gradualmente até que de repente a descoberta tímida: quem sabe, também eu já poderia não escrever. Como é infinitamente mais ambicioso. É quase inalcançável”.

A importância da maternidade

“Há três coisas para as quais eu nasci e para as quais eu dou minha vida. Nasci para amar os outros, nasci para escrever, e nasci para criar meus filhos. O ‘amar os outros’ é tão vasto que inclui até perdão para mim mesma, com o que sobra. As três coisas são tão importantes que minha vida é curta para tanto. Tenho que me apressar, o tempo urge. Não posso perder um minuto do tempo que faz minha vida. Amar os outros é a única salvação individual que conheço: ninguém estará perdido se der amor e às vezes receber amor em troca [...].”

Viver plenamente

“Eu disse a uma amiga:
— A vida sempre superexigiu de mim.
Ela disse:
— Mas lembre-se de que você também superexige da vida.
Sim.”

Um vislumbre do fim

“Uma vez eu irei. Uma vez irei sozinha, sem minha alma dessa vez. O espírito, eu o terei entregue à família e aos amigos com recomendações. Não será difícil cuidar dele, exige pouco, às vezes se alimenta com jornais mesmo. Não será difícil levá-lo ao cinema, quando se vai. Minha alma eu a deixarei, qualquer animal a abrigará: serão férias em outra paisagem, olhando através de qualquer janela dita da alma, qualquer janela de olhos de gato ou de cão. De tigre, eu preferiria. Meu corpo, esse serei obrigada a levar. Mas dir-lhe-ei antes: vem comigo, como única valise, segue-me como um cão. E irei à frente, sozinha, finalmente cega para os erros do mundo, até que talvez encontre no ar algum bólide que me rebente. Não é a violência que eu procuro, mas uma força ainda não classificada mas que nem por isso deixará de existir no mínimo silêncio que se locomove. Nesse instante há muito que o sangue já terá desaparecido. Não sei como explicar que, sem alma, sem espírito, e um corpo morto — serei ainda eu, horrivelmente esperta. Mas dois e dois são quatro e isso é o contrário de uma solução, é beco sem saída, puro problema enrodilhado em si. Para voltar de ‘dois e dois são quatro’ é preciso voltar, fingir saudade, encontrar o espírito entregue aos amigos, e dizer: como você engordou! Satisfeita até o gargalo pelos seres que mais amo. Estou morrendo meu espírito, sinto isso, sinto...”

Textos extraídos do livro Aprendendo a viver, Clarice Lispector. Rio de Janeiro: Editora Rocco, 2004.