terça-feira, 6 de março de 2012

Nossa identidade, vamos valorizar.




 Ao ser criado o Dia Internacional da Mulher, não tinha a pretensão de comemorar. Em alguns países, o objetivo da data é realizar conferências e reuniões para discutir o papel da mulher na sociedade. Para assim tentar diminuir o esforço é para quem sabe um dia terminar, com o preconceito e a desvalorização da mulher que ainda hoje, mesmo em números pequenos ainda existe. Mesmo com toda vitoria que em outrora mulheres como Simone de Beauvoir, pensar nos avanços alcançados, elas ainda sofrem, em muitos locais, com salários baixos, violência masculina, jornada excessiva de trabalho e desvantagens na carreira profissional. Muito foi conquistado, mas muito ainda há para ser modificado nesta história.
 Desde 1975, em sinal de apreço pela luta, as Nações Unidas decidiram consagrar o 8 de Março como Dia Internacional da Mulher.
 Hoje e um dia para se pensar em mulheres como, Cecília Meireles e logo se ouvirá uma canção lírica: “Pus o meu sonho num navio e o navio em cima do mar, depois, abri o mar com as mãos, para o meu sonho naufragar.”
 Mulheres leiam Clarice Lispector e, então, um feminino lindo e dramático encherá seu coração “sobretudo um dia virá em que todo meu movimento será criação, nascimento, eu romperei todos os nãos que existem dentro de mim, provarei a mim mesma que nada há a temer, que tudo o que eu for será sempre o meu princípio…”
 Ouvir Clementina de Jesus e saiba de pronto, assim com a certeza dos mistérios, que a raiz da raiz de nossa humanidade comum é negra, é África, é Brasil.
 E Leila Diniz imagine não sentir o mar o mar e suas canções libertárias “ Um cafuné na cabeça, malandro, eu quero até de macaco”.
 Agora imagine hoje as milhares de mulheres anônimas brasileira que segundo estatística uma em cada cinco mulheres do nosso pais recebem de seus parceiros, ao invés de gestos de carinho e amor, os maus tratos e violência que a cada dia mesmo com a lei Maria da Penha cresce. E elas pobre vitimas ainda assim se levantam e seguem em frente, na busca incessante do amor. E famílias que tem uma mulher forte com coragem que segue construindo um mundo de igualdades para si e para os seus, onde essas mesmas são capazes de sustentar e construir alicerces fortes no seio familiar.
 Lembre-se sempre quando for pensar em desistir dos estudos e buscar o aprendizado, veja milhões de mulheres que conquistaram os bancos escolares, ousaram estudar, se escolarizar, e não indo muito longe mulheres pradenses que viajavam três dias de navio até a capital Salvador para concluir seus estudos, com um objetivo de se instruir para através da força da palavra romper os muros da ignorância e do desconhecimento acadêmico da história.
 Por fim, lembre-se sempre quando estive desesperançosa, daquelas mulheres, ainda poucas, mas corajosas, forte e resistentes, que estão na vida política pública, construindo pontes entre os nossos poderes constituídos e os direitos das mulheres para forma politicas públicas para mulheres. Lembre-se sempre de Dilma Roussef “esta mulher não tem medo de nada, enfrenta tudo”, disse Chico Buarque em público diante de seu mistério – assim sentimos esta força interior que vem de Dilma Rousseff.A inda não sabemos direito o que sentir, o que imaginar, como identificá-la, mas jamais desistir de lutar e buscar, procurando sempre exemplos de mulheres citadas aqui nesta matéria e não em mulheres semi-nuas que a todo momento entra nos lares através de uma mídia que prega a aparência e não a essência. Busque na gramática das nossas impressões e seja sempre uma mulher guerreira

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