terça-feira, 15 de maio de 2012

Meu eu

Ela não se toca que é linda, exatamente do modo como ela age, não percebe que as pessoas são sinceras quando dizem que ela é realmente linda.

Sim, ela possui um jeito doce, mas não inocente, é como se ela já tivesse vivido o bastante para servir de lição para as outras pessoas; seus gestos são calmos, finos, mas ao mesmo tempo são gestos fortes e firmes, como se ela já estivesse superado inúmeros desafios; seu estilo é peculiar, ela usa o que quer, quando quer, mas muitas vezes liga muito para a opinião dos outros; ela não se importa muito com o tamanho do cabelo, só que as vezes sente a necessidade de mantê-lo impecável e até mesmo muito bagunçado; digamos que ela não tem preconceito, mas é mentira, porque muitas vezes ela comete o erro de julgar algumas coisas, em certas ou erradas.

A palavra que a define é estranha, você pode achar que é uma palavra ruim, mas para ela faz todo o sentido, perceba, enquanto escreve textos incríveis ou não, ela escuta rock, isso é estranho; ela ama misturar doce e salgado, da pior maneira possível, digamos que possui um paladar "estranho"; ela dá conselhos que não sabe nem mesmo usar para si, o que é realmente "estranho"; ela gosta de ser meiga e mal ao mesmo tempo, o que é muito estranho; ela é super segura em todos os assuntos, mas totalmente insegura em todos assuntos relacionados a ela mesma, o que também é definido como "estranho". Então, ser estranha parece ser legal para ela, e as vezes, até mesmo para as pessoas com quem ela convive.

Já passou por tantas coisas, e sabe que ainda vai passar por muitas coisas ruins e boas, porque no fundo ela sabe que isso tudo faz parte da vida, sofrer, amar, perder, conquistar e por ai vai com todas as palavras controversas que existem no mundo. Ela conhece poucas palavras, mas sabe muito bem usá-las para aconselhar, acalmar e até mesmo no ultimo caso, magoar. Sim, ela possui diversas imperfeições, ela erra muito, aprende da pior forma e muitas vezes desiste no meio do caminho, mas sabe que de um certo modo é normal, os seres humanos sentem o medo e desistem de lutar.

Entre tantos defeitos incorrigíveis, entre tantas belezas "ocultas", e entre tanta confusão dentro de si, ela vive. Vive com medo, mas entre tudo, com vontade, vontade de conquistar o seu mundo de poucos amigos, de muitas risadas, de poucas palavras e de muitos sentimentos bons. Ela vive, porque sabe que a vida é única e mesmo tropeçando em cada buraco a meio metro que anda, ela levanta, com um sorriso no rosto e um sonho guardado dentro de si, porque sabe que o lugar mais seguro é aquele guardado em algum canto no seu corpo, que bate todos os dias, a todo milésimo de segundo, esperando que ela levante e acorde realmente para a vida.

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