sábado, 28 de abril de 2012

Fraseando com Caio F. Abreu

Ela parecia inteira. 
Inteira porque não tinha ficado nada dela para trás. 
Seus olhos eram de desilusão, de cansaço. 
Cansada de construir sonhos, planos, fantasias. 
E depois da desilusão ter de destruir uma a uma, como se nada daquilo tivesse um dia existido, só para olhar para trás e não sentir nada do que sentira antes. 
Era mais um fim doído, choroso, arrastado. 
Fosse o ponto final sua última lágrima de dor, já havia então sido decretado. 
Decretado num discurso mudo, num adeus em silêncio. 
Dito através de tudo daquilo que não havia sido falado.


terça-feira, 24 de abril de 2012

E no meio dessa confusão alguém partiu sem se despedir.


E que houve momentos perfeitos que passaram, mas não se perderam, porque ficaram na vida de muitos, nas lembranças...Quando amamos transmitimos em pequenos atos e gestos, e as palavras não importam mais; quando precisamos de alguém, sentimos sua presença, e as palavras não têm mais sentido; quando nos sentimos sós e abandonados, surge uma palavra ou um gesto e descobrimos que nunca estaremos sós.

Creio que será permitido guardar uma leve tristeza, e também uma lembrança boa; que não será proibido confessar que às vezes se tem saudades

E a culpa? A culpa é da vida que tem inicio, meio e fim. A nossa culpa está apenas em amar tanto e sentir tanto perder alguém.

Mas o tempo é remédio e nele conquistamos o consolo, com ele pensamos nos bons momentos.E com um pouco mais de tempo, transformamos nossos entes queridos em eternos companheiros.

Nossos sonhos ganham aliados, nossa independência ganha acompanhantes, nossa vida conquista anjos. E no fim apenas a saudade e uma certeza.

Fica aqui minhas condolências a familias e amigos de Izadora e dos amigos que junto dela estava. Que Deus com sua infinita misericórdia console e conforte o coração dos familiares e amigos que hoje estão feridos por essa grande perda.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Meu Caio.

Caio Fernando Abreu foi uma das mais importantes figuras da literatura brasileira contemporânea. Basta avaliar a quantidade de livros, estudos, peças e debates criados a partir da obra que nos deixou. Jornalista polêmico, intenso, sarcástico e genial em seus escritos, foi grande amigo de Paula Dip, com quem conviveu durante 20 anos e a quem dedicou um conto no seu clássico Morangos mofados. Aqui, Paula reúne cartas, bilhetes e particularidades que dividiu com o escritor, além de depoimentos de pessoas importantes na vida de Caio, como Cazuza, Ney Matogrosso, entre outros. O resultado é um emocionante relato de quem acompanhou de perto o mundo do “Escritor da Paixão” (como o definiu Lygia Fagundes Telles) até sua morte precoce, aos 47 anos, vítima de aids.

A obra de Caio Fernando Abreu é muito apreciada por jovens universitários. Como jornalista, trabalhou em alguns dos principais jornais e revistas do Brasil, como Veja, Manchete, Zero Hora, Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo.Era o seu método preferido de chegar à redação final daquilo que escrevia: ler em voz alta.
Queria a sonoridade perfeita, o fluxo acertado, a elipse reveladora, o adjetivo sem adornos que valorizasse a narrativa.
Talvez por isso sua palavra seja tão adaptável ao palco do teatro, mesmo quando não escrita especificamente para tal fim.
Cru, cruel, generoso, excessivo, desafiava a neutralidade que regra boa parte do que se escreve no Brasil.
Queria a página viva, a letra pulsante, o verbo sagrado, a forma adequada para valorizar aquilo que lhe era a mais humano de todas as nossas características: a busca, o caminho, a procura de.

Caio era aluno e professor, sujeito e objeto, consciente e intuitivo, sofisticado e popular, engraçado e depressivo. Em seus inúmeros livros publicados, desde o início, acreditou na comunicação direta e imediata com o leitor. Não por acaso, tantos anos depois de sua morte, sua obra tem sido ainda mais valorizada do que antes. É impressionante a identificação das gerações posteriores a ele, e que, sem conhecê-lo vivo, trata de manter viva sua obra.

Caio escreveu compulsivamente, viveu compulsivamente e morreu desejando continuar a escrever.
A literatura, para ele, era matéria viva em direção ao conhecimento do mais obscuro sentimento, a revelar a impossível possibilidade de roçar a eternidade.
Guardava seus rascunhos, seus cadernos, suas frases seminais: tudo era passível de virar obra viva, a partir de sua satisfação com o resultado buscado.
Poucos escritores brasileiros têm, em seu currículo, essa admiração entre seus leitores.
Poucos certamente escapam de uma forma esvaziada de pulsação vital.

Sua excruciante sinceridade é o que explica essa identificação, inclusive com gerações posteriores.
Fruto de seu tempo, sim, mas com o prazo de validade extremamente esgarçado e sem data de vencimento, a literatura de Caio Fernando Abreu revela o homem que ele foi, o cidadão atento ao seu mundo, imerso nas convulsões comportamentais que sacudiram o mundo em suas décadas de adolescente.
Obcecado pela qualidade estética, nunca deixou que sua palavra ficasse estéril.
Não tenho dúvida de que, nesses tempos politicamente corretos e cheios de medo e dúvida, a ousadia de sua palavra será farol a iluminar os breus daqueles que acreditam e buscam forças e fé no intento de viver mais plenamente a vida que lhe cabe.

Caio, o adolescente ousado, o adulto afiado e sem barreiras, foi o melhor exemplo para o Caio escritor, um desses seres especiais e únicos que marcam, a ferro,fogo e felicidade aqueles que tiveram a felicidade de conhecê-lo ou de carregá-lo nas pastas e mochilas. Cada livro de Caio é uma porta de entrada à epifanias verdadeiras. Se você não o leu na íntegra, não perca a oportunidade de.

Luciano Alabarse*

domingo, 15 de abril de 2012

AMOR - Dominação ou Submissão?


Baseado nos livros: A Arte de Amar, O Coração do Homem: Erich Fromm,
Textos: Elizabeth Queiroz,- Psicanalista. Registro Terapêutico SBPH nº 2009 


O amor pode ser reconhecido como uma resposta amadurecida do problema da existência humana, ou pelas formas imaturas que são conhecidas como "União Simbiótica".

A união simbiótica tem seu modelo biológico na relação entre a mãe grávida e seu feto, vivem juntos e necessitam um do outro.

Na união simbiótica psíquica os dois corpos são independentes, mas a mesma espécie de ligação existe psicologicamente.

A "forma passiva" de união simbiótica é o da submissão, ou pelo termo clínico, "masoquismo".
A pessoa masoquista foge da angustia de separação, tornando-se parte da outra pessoa (projeção).
O masoquista não toma decisões isoladas e não precisa assumir riscos, nunca está só, mas não é independente, ainda não nasceu totalmente.

No amor masoquista, o mecanismo essencial é a idolatria. A relação masoquista se mistura com o desejo sexual, saindo assim da área psíquica e entra no campo físico e corporal (perversão).
Existe também a "forma ativa" dessa fusão simbiótica, e usando o termo clínico, o sadismo. A pessoa sádica quer escapar da solidão, fazendo com que outra pessoa faça parte de si mesmo, incorpora a outra pessoa. (introjeção). Formando assim uma simbiose neurótica, uma não pode viver sem a outra.
A pessoa sádica, ordena, humilha, explora e a masoquista, é mandada, explorada, ferida e humilhada.

Spinoza foi o primeiro a diferenciar os afetos entre ativos e passivos, ações e paixões. A inveja, o ciúmes, a ambição, qualquer espécie de cobiça, são paixões. O amor é uma ação, a prática de um poder humano, que só pode ser exercido na liberdade e nunca como resultado de uma compulsão. O amor é uma atividade e não um afeto passivo.

O caráter ativo do amor se consiste em dar e não em receber. O amor é uma força capaz de produzir o amor. Impotência é a incapacidade de produzir o amor e o que faz a pessoa atraente aos olhos dos outras é a capacidade de amar.

A capacidade de dar, depende do desenvolvimento do caráter da pessoa. Além do elemento dar, no caráter ativo do amor, existem elementos básicos comuns a toda a forma de amor, são eles; cuidado, responsabilidade, respeito e conhecimento.

A necessidade básica da fusão com outra pessoa, de modo a transcender a prisão da própria separação, relaciona-se com outro desejo do ser humano, o de conhecer o segredo do homem e existe apenas um meio de conhecer o segredo; é o completo poder sobre a outra pessoa, possessão. E o grau derradeiro dessa tentativa de conhecer reside nos extremos do sadismo, desejo e capacidade de fazer um ser humano sofrer, tortura-lo e força-lo a trair seu segredo em seu sofrimento. Nessa necessidade de penetração no segredo do homem, está uma motivação essencial da crueldade e da destruição.
A crueldade em si é motivada por algo mais profundo; o desejo de conhecer o segredo das coisas e da vida. O segredo é amar. O amor é penetração ativa na outra pessoa, e o desejo de conhecer o segredo é destilado pela união. O sadismo é motivado pelo desejo de conhecer o segredo, e contudo permanece tão ignorante quanto era antes.

Até agora falamos do amor como superação da separação humana. Porem acima da necessidade existencial da união ergue-se outra, a biológica, o desejo de união entre os pólos masculinos e femininos. Essa idéia de polarização é reforçada pelo mito de que originalmente o homem e a mulher eram um só, de que foram partidos ao meio e daí por diante, cada ser masculino vem procurando a parte feminina de si mesmo, a fim de voltar a unir-se com ela. Essa metáfora também está na bíblia, no Gêneses, reforça a idéia da bi-sexualidade proposta por Freud, de Animus e Anima por Jung, e da consciência pré-natal do feto, antes da definição da sexualidade, que só acontece a partir da terceira semana de gestação.

O desvio homossexual é exatamente o fracasso em atingir essa união polarizada, e por isso o homossexual sofre a dor da separação nunca solucionada, fracasso que é compartilhada com o heterossexual comum que não consegue amar.
A atração sexual é apenas em parte motivada pela necessidade de remover esta tensão.

Existe masculinidade e feminilidade no caráter, tanto quanto na vida sexual, muitas vezes se os traços do caráter masculino de um homem se enfraquecem, porque ele permanece emocionalmente criança, e tentará compensar essa falta pela acentuação exclusiva sobre seu papel masculino no sexo. O resultado é o Don Juan que necessita provar a sua potencialidade masculina no sexo, por estar inseguro da sua masculinidade. Quando a paralisia de masculinidade é mais extrema o uso da força, ou sadismo, torna-se substituto principal e pervertido da masculinidade. Se a sexualidade feminina se enfraquece ou perverte, transforma-se em masoquismo, ou possessividade.

O amor erótico é o anseio de fusão com a outra pessoa, é também talvez a mais enganosa forma de amor que existe. O desejo sexual pode ser estimulado pela ansiedade da solidão, pela vontade de conquistar ou ser conquistado pela vaidade, pelo gosto de ferir e mesmo destruir inconsciente, assim como pode ser estimulado realmente pelo amor. Se o desejo de união física, não for estimulado pelo amor, se o amor erótico também não for amor fraterno. Nunca levará a união mais que num sentido orgíaco e transitório.

Voltando a falar da destruição - formas malignas da destrutividade, precisamos abordar as formas patológicas da violência.A distinção entre os vários tipos de violência se baseia em motivação inconscientes.

Geralmente a violência tem suas raízes no medo, medo real ou imaginário, consciente ou inconsciente. As pessoas sentem-se ameaçadas e para defender-se dispõem-se a matar e destruir. No caso das ilusões paranóides de perseguição encontramos o mesmo mecanismo numa base individual. A violência reativa é produzida por frustração, quando um desejo ou necessidade é frustrado. Relacionada com a agressão resultante da frustração, há a hostilidade gerada por inveja e ciúmes, outro tipo de violência relacionada com violência reativa, está numa direção mais patológica é a violência vingativa. Na reativa, o fim é evitar a ameaça e por isso essa violência serve à função biológica da sobrevivência. Na vingativa pelo contrário, o mal já foi feito e por isso a violência não tem função defensiva. Tem função irracional, de desfazer magicamente o que foi feito realisticamente.

Dois fatores exercem papel decisivo, no primeiro o ambiente de escassez psíquica impregna o indivíduo e torna a vingança um meio necessário para restituir a perda, o segundo é o narcisismo. Vamos falar agora de violência compensatória, que é a forma mais patológica, porem a menos drástica que a necrofilia.

A violência compensatória é empregada como substituta de atividade produtiva por uma pessoa impotente.

O homem impotente, se tem uma faca ou um revolver pode transcender a vida destruindo-a em outros e em si mesmo, assim vinga-se da vida por ter se negado a ele. A violência compensatória , é exatamente a violência oriunda da impotência e que serve de compensação para está, relacionado de perto com a violência compensatória existe o impulso para o controle absoluto e completo sobre um ser vivo, esse impulso é a essência do sadismo. Todos as diversas formas de sadismo. Remontam à um impulso básico, o de exercer domínio completo sobre outra pessoa, torna-la um objeto indefeso à nossa vontade, tornar-se o Deus dela, humilha-la, escraviza-la. O prazer do domínio completo sobre outra pessoa, é a essência do impulso sádico. Existe ainda um ultimo tipo de violência, a "sede de sangue", ainda envolvida em seu vinculo com a natureza (instinto) . A sua paixão de matar é uma forma de transcender a vida. No homem que busca uma solução para a vida, regressando a um estado de existência, pré individual, virando animal, o sangue se torna a essência da vida. Matar passa a ser a grande embriagues, a grande auto-afirmação.

Reciprocamente ser morto é a única alternativa para matar. Quando a vida estiver saciada com sangue, ela estará pronta para ser morta, nesse sentido matar não é amor à morte, é afirmação e transcendência da vida no plano da mais profunda regressão.

sábado, 14 de abril de 2012

Solidão no casamento.

Quando escolhemos alguém para partilhar a vida conosco com vontade de construir projetos sólidos, dê sentido a vida e um sentimento de presença elevando o bem-estar físico e emocional, por que na verdade esse tal sentimento de presença e o que faz que a união se prolongue no tempo...como se sabe o número de divórcios está cada vez maior, por que na verdade, mesmo em um casamento vivemos cada vez mais sozinhos, não faz sentido a ideia de nos mantermos ao lado de alguém que não promova o “nós”.
O distanciamento instalou-se e os conflitos deram lugar à desistência, como a acomodação ao mal-estar não é sinônimo de adaptação e muito menos de satisfação, tudo isso é só questão de tempo até que a bomba estoure. Somos nós mulheres que de um modo geral nos queixamos e também somos nos que mais frequentemente desistimos de continuar a tentar, e quando isso acontece o parceiro tem que ter medo de perder a mulher, pois quando deixamos de queixar-se o problema torna-se ainda maior e às vezes irreversível.
Alguns homens também sofrem com isso e se queixam, para chamar a atenção para as suas necessidades afetivas.
Manter uma relação duradoura pode parecer muito complicado, na verdade é super complicado... Afinal, estamos a falar da necessidade de adaptação entre duas pessoas que são quase sempre diferentes e que muitas vezes são pessoas com "personalidade forte". Na prática, as uniões duradouras são feitas por pessoas que colocam o seu amor, o seu projeto familiar, no topo das suas prioridades e que o demonstram carinhos com regularidade. Estas pessoas não são santinhas nem estão sempre em sintonia. Mas reconhecem os sinais de alarme e fazem o que podem para garantir que o outro se sinta quase sempre amparado.

quinta-feira, 12 de abril de 2012

A pessoa errada.


Porque nos apaixonamos por uma pessoa mesmo sabendo que ela é errada? - Essa eu sei a resposta. Porque você espera estar enganado, e sempre que ele faz uma coisa que mostra que ele não é bom, você ignora, e sempre que ele age bem e te surpreende, ele te reconquista. E aí você esquece a idéia de que ele não serve pra você.

terça-feira, 10 de abril de 2012

Porque quando você ama.


Alguém certa vez me disse: Quer ter grandes histórias? Realize grandes loucuras.
Na verdade é esse teu jeito, suas atitudes e reações, por fugirem de um padrão, é que de certa forma se tornam especiais. Nada é planejado, tudo espontâneo, você fala, eu faço. Aventuras, loucuras, insanidades, frases inesperadas,tudo isso é você.

As vezes me pego pensando em palavras ditas, ainda me surpreendo com certas coisas e acabo demonstrando a minha surpresa, você some e aparece, muda o seu tom de voz, e diz que eu entendo tudo errado sempre. 
Não sei, acho que devo estar com problemas de má interpretação, não é? Afinal, eu sempre acabo ficando diferente depois de ouvir, o que eu não entendo, ou talvez eu seja imatura e aproveita de minha ingenuidade. 


Como eu queria poder passar todos os dias e noites abraçada contigo,deitada em teu peito, passando a mão pelos seus cabelos e escutando as batidas do teu coração,poder sentir tua pele quente a tocar na minha,queria poder desfrutar desse amor mais e mais a cada segundo. Mas, como isso seria possível, se não és livres??


Extra, extra: Morreu o CD e o vinil vai ressuscitar!



Os velhos discos de vinil, surgidos antes da década de 1950, podem parecer obsoletos para muita gente que não teve o prazer de desfrutar das rotações do bolachão em seu antigo aparelho 3 em 1, trazendo ao ouvinte o som e alguns ruídos inesquecíveis produzidos pelo deslizar da agulha na superfície preta. Porém, quando até mesmo a indústria parecia ter desistido do formato, eis que alguns aficionados resolveram resgatar suas pérolas e, aos poucos, recolocá-las no restrito mercado das raridades.



Acredite se quiser, no que diz o entusiasta dos discos e idealizador do mais novo projeto envolvendo vinis, Rodrigo Bueno.
Cansado de ir “garimpar” vinis em feiras e sebos, ele, junto com Vinicius Aguiari e Fernanda Alteff, decidiram abrir uma espécie de loja virtual desse objeto tão lembrando por uns e quase esquecido por muitos.
O projeto foi, na verdade, criar uma loja de vinis online, coletiva e gratuita, onde lojistas e pessoas físicas colocam seus discos à venda sem custo, tornando assim o site, um canal entre os amantes do vinil. E deu certo, tanto que, dez dias depois de ser anunciado para os usuários, o site já contava com mais mil discos cadastrados.
Rodrigo conta que a ideia surgiu depois de uma visita a uma feira de discos. “O evento contava com milhares de álbuns, porém, o trabalho de garimpo era estafante, daí tivemos a iniciativa de criar um site onde fosse possível buscar por discos de uma forma simples e direta”.
Assim como Rodrigo, Vinicius Aguiari, que é coordenador do projeto, disse que começou a frequentar as feiras de discos e os sebos e descobriu que existe um acervo rico de álbuns. “Por outro lado, percebi também que havia a necessidade de uma ferramenta para otimizar esse trabalho de garimpo”.

A DINÂMICA
Além do cadastro gratuito, disponível para pessoas físicas e empresas no site, os idealizadores foram além e, decidiram dar, de fato, visibilidade para os integrantes desta teia.
A Loja de Discos traz um mashup – baseado no Google Maps – com a localização de todos os pontos de venda de vinis cadastrados em São Paulo. O objetivo é fazer com que o comprador conheça as lojas físicas e retome o hábito de visitá-las. “O mapa está em processo constante de construção e, em breve, deve ser ampliado para outras capitais e regiões do Brasil”, explicou Fernanda Aleff, que é coordenadora de parcerias do site.
Apesar dessa troca de informações, depois de encontrar um álbum, o cliente irá negociar direto com o fornecedor, entrando em contato com o vendedor por telefone ou e-mail para acertar a compra, combinar o pagamento e a entrega do disco, sem nenhuma interferência do site nesse processo



CULTURA RETRÔ
O blog da Loja de Discos vai funcionar como um canal para a divulgação da cultura do disco e será atualizado com dicas de discos, entrevistas com pessoas ligadas ao universo do vinil, curiosidades, vídeos, dicas de tocadores para a compra e coisas do tipo.
Para complementar esse trabalho, o site mantém contas no Twitter e no Facebook, marcando presença nas redes sociais. “Nossa proposta é tanto operar como uma ferramenta para a pesquisa dos discos, quanto como um canal para a divulgação da cultura do vinil com o objetivo de estimular esse mercado”, pontua Rodrigo.

AMOR PELA CAUSA
Rodrigo conta ainda que a paixão pelo vinil remete à infância e à adolescência, quando ele e os sócios tiveram os primeiros contatos com os discos. “Recentemente, com o relançamento de álbuns e o revival dos discos, nós voltamos a frequentar sebos, lojas e a fazer as compras. Este é um mercado em crescimento, que está ganhando força e fãs”.
Ele ressalta que mesmo com toda a troca de arquivos online, as pessoas não pararam de consumir música e ainda compram camisetas, produtos licenciados, além de influenciarem outros setores, como a moda. “Agora, com a morte do CD bem próxima, os fãs de música redescobriram os discos, principalmente, pela sua qualidade sonora e pela experiência proporcionada ao tocar um álbum. Há o público adulto, saudosista da tecnologia, e as novas gerações, que são atraídas pelo charme do formato. Prova disso é que foram vendidos 2,8 milhões de discos nos Estados Unidos no ano passado, segundo a consultoria Soundscan. Esse mercado vai crescer em todo mundo, porque todo dia os artistas lançam discos novos e reedições em vinil” completou Rodrigo.
Apesar de todas as afirmações otimistas, ele assume que não haverá grandes lojas de discos como nos 1980 e 1990, e que o vinil volta para ser mais uma alternativa para quem deseja consumir música.
SERVIÇO
Para quem quer saber mais informações e se cadastrar, é só entrar no site: www.lojadediscos.com.br



Josiane Dalmagro

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Treat Me Nice.


Treat Me Nice
When I walk through that door
Baby be polite
You're gonna make me sore
If you don't greet me right
Don't you ever kiss me once, kiss me twice
Treat me nice

I know that you've been told
It's not fair to tease
So if you come on cold
I'm really gonna freeze
If you don't want me to be cold as ice
Treat me nice

Make me feel at home
If you really care
Scratch my back and run your pretty
Fingers through my hair

You know I'll be your slave
If you ask me to
But if you don't behave
I'll walk right out on you
If you want my love then take my advice
Treat me nice

Make me feel at home
If you really care
Scratch my back and run your pretty
Fingers through my hair

You know I'll be your slave
If you ask me to
But if you don't behave
I'll walk right out on you
If you want my love then take my advice
Treat me nice

If you really want my love then treat me nice



Trate-me bem
Enquanto eu caminho através daquela porta
Querida seja educada
Você me machucará
Se não me tratar corretamente
Nunca me beije uma vez, beije-me duas vezes
Trate-me bem
Você sabe que lhe disseram
Não é justo atormentar
Então se você vier fria
Eu realmente irei congelar
Se você não quer que eu seja frio como o gelo
Trate-me bem
Faça com que eu me sinta em casa
Se você realmente se importa
Coce minhas costas e passe seus lindos
Dedos pelos meus cabelos
Você sabe que serei seu escravo
Se você me pedir
Mas se você não se comportar
Eu entro em greve com você
Se você quer meu amor, então escute meu conselho
Trate-me bem
Faça com que eu me sinta em casa
Se você realmente se importa
Coce minhas costas e passe seus lindos
Dedos pelos meus cabelos
Você sabe que serei seu escravo
Se você me pedir
Mas se você não se comportar
Eu entro em greve com você
Se você quer meu amor, então escute meu conselho
Trate-me bem
Se você quer mesmo meu amaro, então trate-me bem.





Lula venceu por unanimidade uma eleição que contou com 177 nomes, de 57 países.


Ex-presidente Lula recebe Prêmio Internacional da Catalunha 2012 pelo combate à pobreza e à desigualdade.

O presidente do governo autônomo da Catalunha, Artur Mas, anunciou nesta segunda-feira (02/04/2012) que Luiz Inácio Lula da Silva foi o vencedor do 24º Prêmio Internacional Catalunha 2012. O prêmio é destinado a pessoas que tenham contribuído com o desenvolvimento de valores culturais, científicos ou humanos.

Lula venceu por unanimidade uma eleição que contou com 177 nomes, de 57 países. Durante o anúncio do prêmio, Artur Mas destacou o caráter do ex-presidente brasileiro, “que o permitiu enfrentar, com criatividade e coragem, a pobreza e a desigualdade”. O catalão disse ainda que a escolha de Lula foi motivada pela luta que travou durante seus dois mandatos pelo crescimento econômico do Brasil e para “erradicar a pobreza e a miséria”.

O júri, presidido pelo escritor e filósofo Xavier Rubert de Ventós, elogiou a política adotada por Lula “a serviço de um crescimento econômico justo, que colocou seu país à frente da globalização e favoreceu uma divisão mais justa da riqueza e das oportunidades”.

O catalão Artur Mas também leu uma carta de Lula na qual o ex-presidente declara sua “alegria e orgulho” pelo prêmio, “uma conquista que reforça a minha convicção na importância de se lutar por uma sociedade mais justa e democrática, sem fome e sem miséria”. Lula termina a mensagem dizendo que a decisão do júri “reforça a amizade e a solidariedade entre nossos povos”.

Sobre o Prêmio

O Premi Internacional Catalunya é concedido anualmente desde 1989 a personalidades internacionais dos meios político, econômico e cultural. Homenageados anteriores incluem os ex-presidentes ou primeiros-ministros Jimmy Carter (EUA, 2010), Vaclav Havel e Richard von Weizsacker (Rep. Tcheca e Alemanha, compartido em 1995), Jacques Delors (França e União Européia, 1998); os intelectuais Edgar Morin (1994), Karl Popper (1989) e Claude Lévi-Strauss (2005); e os ganhadores do Prêmio Nobel Aung San Suu Kyi (Myanmar, 2008) e Amartya Sen (Índia, 1997). Também recebeu o prêmio o brasileiro de origem catalã Pedro Casaldáliga, ex-Bispo de Conceição do Araguaia (2006).

18 anos sem Kurt.



Aos 14 anos,ganhou sua primeira guitarra, desde então Kurt se dedicou ao rock’n'roll. Começou com covers, uma bandinha de garagem aqui, outra ali, até que finalmente formou o Nirvana, ao lado de Krist Novoselic. Após a passagem de vários bateristas, Dave Grohl (atual líder do Foo Fighters) assumiu as baquetas, tornando esta a formação clássica. Em 1991, os caras lançaram um dos mais importantes álbuns da história do rock, Nevermind, e acabaram ganhando o mundo. Já com muito sucesso, o grupo foi chamado para gravar um Unplugged MTV, e surpreenderam com a ousadia, já que tocaram poucos sucessos e diversos covers de bandas underground da época. Nesse meio tempo, Cobain passou por diversos problemas com drogas e um casamento turbulento com a vocalista do Hole, Courtney Love, que resultou no nascimento de Frances Bean Cobain.
No dia 05 de abril de 1994, aos 27 anos, o vocalista e guitarrista do Nirvana colocou fim à sua vida com um tiro na cabeça, sendo encontrado na sua casa de Seattle, nos Estados Unidos, três dias depois. Com uma nota de suicídio dirigida a um amigo imaginário de infância chamado “Boddah”. Em seu corpo foram encontrados Valium e heroína. Apesar da versão oficial dessa história ser um suicídio, muitos fãs alegam que Kurt foi assassinado por Courtney, mas o fato nunca foi comprovado.
No último ano,"Nevermind", o disco mais marcante e bem sucedido dos Nirvana, foi reeditado; a edição comemorativa dos 20 anos do álbum de "Smells Like Teen Spirit" chegou ao primeiro lugar no top de vendas de numerosos países.

Para homenagear esta figura, pesquisei no Youtube um vídeo com o show completo do Nirvana na Praça da Apoteose, no Rio de Janeiro. A apresentação é de 1993 e a performance causou polêmica na época, já que Kurt fez… digamos, gestos obscenos para a câmera, além de algumas cusparadas na lente da Rede Globo, que transmitia tudo ao vivo. A imagem não é lá essas coisas, mas vale pelo registro.

terça-feira, 3 de abril de 2012

Lembrando Cazuza.





                               "De nada adianta a liberdade, se nao temos a liberdade de errar" ...



Um dos maiores poetas do rock nacional, se fosse vivo, o ícone da música brasileira completaria 54 anos hoje.
Agenor de Miranda de Araújo Neto sempre foi "Cazuza" desde a maternidade. Nascido em 04 de abril de 1958, Cazuza foi o único filho de João e Lucinha Araújo. Cazuza cresceu cercado pelos astros da MPB, seu pai foi o fundador da gravadora Som Livre. Era comum Cazuza acordar no meio da noite e encontrar na sala de sua casa gente como: Elis Regina, Jair Rodrigues, Os Novos Baianos, Caetano, Gil e Gal...
Depois de algumas tentativas Frustradas ( Cazuza tentara ser fotógrafo, sendo que antes já havia trabalhado no departamento de imprenssa da Som Livre, junto a Scarlet Moon), "Cajú", (Era assim que seus amigos lhe chamavam), foi surpreendido por um convite inesperado, Cazuza foi intimado a ingressar numa banda de rock. Foi numa garagem da Pça Del Vecchio, no Rio Comprido que Cazuza conheceu Maurício Barros (o dono da casa), Flávio Augusto Goffi Marquesino, o Guto, André Palmeira , o Dé, e Roberto Frejat. Estava Formado o Barão Vermelho.
Foram feitos alguns ensaios com o objetivo de apresentar na Feira da Providência nos dias 05, 06, 07 e 08 de novembro de 1981. Infelizmente o som pifou na Hora "H"e o show não rolou. Mas uma página do Rock Brasileiro começava a ser escrita.
Depois de se apresentarem em quase todos os lugares do Rio de Janeiro, o Barão resolveu gravar uma fita Demo, e essa fita acabou parando nas mão de Ezequiel Neves, o "Zeca Jagger", este acabara se apaixonando pela poesia de Cazuza. Depois disso só faltava Zeca e o produtor Guto Graça Melo convencerem João Araújo que a contratação da banda de seu filho não era uma atitude nepotista.
No Dia 15 de maio de 1982, o Barão entrava em estúdio para gravar seu 1º disco. O disco foi lançado em 27 de novembro do mesmo ano.
"Rock`n Geral é até mais tarde..." Os versos do poeta já previam o que viria pela frente. O 1º disco do Barão não foi um sucesso de vendas, mas possuía pérolas como: "Todo amor que houver nessa vida", "Down em mim" e toda uma ingenuidade em volta dos arranjos que fez desse disco um pequeno diamante bruto.
Cazuza gravou mais dois discos com o Barão, "Barão Vermelho 2"e "Maior Abandonado". O 2º disco já estava fadado ao fracasso comercial, quando Ney Matogrosso resolveu gravar "Pro dia Nascer Feliz". A música estourou em todo o Brasil e versão do Barão acabou conseguindo um destaque maior que a do próprio Ney. "Maior Abandonado vendeu 100.000 cópias conseguindo de uma certa forma ofuscar o fracasso comercial dos discos anteriores. Mas as brigas internas denunciavam o que estava por vir, no final do mês de julho de 1985, Cazuza comunicou aos outros integrantes sua saída do Barão Vermelho.

Seu último disco foi Burguesia (1989), gravado com o cantor numa cadeira de rodas e com a voz nitidamente enfraquecida. É um álbum duplo de conceito dual, sendo o primeiro disco com canções de rock brasileiro e o segundo com canções de MPB. Burguesia vendeu 250 mil cópias. Cazuza recebeu o Prêmio Sharp póstumo de melhor música com "Cobaias de Deus".

No dia 7 de julho de 1990, Cazuza morre aos 32 anos por um choque séptico causado pela AIDS. No seu enterro compareceram mais de mil pessoas, entre parentes, amigos e fãs. Sobre seu túmulo está inscrito o epitáfio: "O Tempo Não Pára".

Em apenas 8 anos de carreira, Cazuza deixou 222 músicas gravadas, mais 60 inéditas, 34 para outros interpretes. Após a morte de Cazuza, seus pais fundaram a Sociedade Viva Cazuza em 1990. A Sociedade Viva Cazuza tem como intenção proporcionar uma vida melhor à crianças soropositivas através de assistência à saúde, educação e lazer.

Álbuns carreira solo
1985 - Exagerado
1987 - Só Se For A Dois
1988 - Ideologia
1988 - O Tempo Não Pára (ao vivo)
1989 - Burguesia
1991 - Por Aí (póstumo)
2005 - O Poeta Está Vivo - Ao Vivo no Teatro Ipanema em 1987 (póstumo)

Álbuns com o Barão Vermelho
1982 - Barão Vermelho
1983 - Barão Vermelho 2
1984 - Tema do filme Bete Balanço (Compacto)
1984 - Maior Abandonado
1992 - Barão Vermelho Ao Vivo (No "Rock In Rio I")