quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Pequisas revelam que chegar ao orgasmo ainda é difícil para as mulheres brasileiras


Recente pesquisa realizada com 1.500 mulheres pelo Projeto Sexualidade do Hospital das Clínicas de São Paulo revelou que 45% das mulheres brasileiras têm dificuldades para se exitar; 35% sentem desejo, mas não tem orgasmo; e 30% delas não sentem sequer desejo. Outra pesquisa do grupo AOL dos EUA, que ouviu 1.800 mulheres, revelou que 12% das entrevistadas brasileiras disseram que conseguem ter um orgasmo a cada quatro relações sexuais.
Para muitas mulheres este tema é um tabu, mas com o passar dos anos esse quadro tem se modificado. A psicoterapeuta especialista em sexualidade feminina, Jussara Hadadd, considera que “cada mulher deve definir para ela mesma o que é um ápice de prazer. Já cansamos de provar que os conceitos preestabelecidos pela sociedade, são os grandes responsáveis pelos bloqueios das ações humanas e principalmente de seus êxitos. Os conceitos muito rígidos causam medo ou até pânico”.
Ambas pesquisas indicam que o sexo parece estar tornando-se cada vê um ato mais individual e não algo do casal. Assim, o orgasmo para as mulheres, que necessita de todo um estímulo que vai além do ato sexual em si passa a tomar outras proporções. Jussara Hadadd revela, porém, que para a mulher alcançar o ápice do prazer muitos fatores precisam de atenção. “A mulher precisa aprender a curtir cada sensação. Cada toque e cada movimento. Precisa aprender a sinalizar para o parceiro o seu tempo e a sua cadência, sem medo, mas segura no que quer. Importante dizer isso aqui: tem que saber o que quer e como gosta de sentir e para tanto, é preciso que antes ela conheça o seu corpo e as suas reações. Uma dica importante: o foco deve estar no prazer como um todo. Cada detalhe da relação deve ser apreciado”, revela a psicoterapeuta especialista em pompoarismo.
Das mulheres entrevistadas pelo segundo levantamento, 44% delas usam de vibradores para chegar ao clímax sexual e desse total, 42%, pouco menos da metade, revela que nestes casos os orgasmos são melhores do que com o ato sexual com um parceiro do sexo oposto. Jussara Hadadd explica os números. “Muitos homens buscam autoafirmação no orgasmo da mulher, acreditando serem os únicos responsáveis por ele, mas eles não têm culpa. Cada uma consegue o clímax de um jeito. Se é através de estimulação clitoriana ou com penetrações, não importa. Cada uma tem seu jeito. Se precisar de fantasias, use-as. Peça o que te excita mais e não tenha medo”, considera Jussara, que acrescenta: “O orgasmo é seu? Então trabalhe por ele”.


Nenhum comentário:

Postar um comentário