segunda-feira, 11 de março de 2013

Antonio Banderas entra na luta pelo fim dos abusos contra a mulher como Embaixador da ONU

"A violência contra a mulher é inaceitável e deve acabar agora!" Essa é a mensagem passada pelo astro de Hollywood Antonio Banderas que sai em defesa das mulheres contra abusos físicos e sexuais"


"Mais de 60% das mulheres em todo o mundo sofrem alguma forma de abuso físico ou sexual durante a vida, e mais da metade das agressões sexuais são cometidas contra meninas com menos de 16 anos", diz Banderas, no vídeo divulgado hoje, Dia Internacional da Mulher, em apelo pelo fim da violência contra as mulheres. "Dois milhões de mulheres e meninas são traficadas anualmente para prostituição, trabalho forçado, escravidão, ou servidão. Mulheres jovens e meninas são particularmente vulneráveis ao casamento precoce, mutilação genital e infectadas pelo vírus do HIV - colocando sua saúde e direitos em risco. Isto é inaceitável e deve acabar agora."

Banderas também pede que os homens se juntem a ele nesta luta contra a violência dirigida contra as mulheres e meninas. "Ergam-se pelo fim da violência contra as mulheres, agora", conclama.

O astro internacional é um dos oito Embaixadores da Boa Vontade da Organização das Nações Unidas, ONU, que este ano para o Dia Internacional da Mulher tem como tema "Uma promessa é uma promessa:. Tempo de ação para acabar com a violência contra as mulheres".

Em 1995, na IV Conferência Mundial da Mulher, os governos identificaram a violência contra as mulheres como uma violação dos direitos humanos e um "obstáculo para a realização dos objectivos de igualdade, desenvolvimento e paz.".

Em 2010, 84 mil mulheres foram vítimas de homicídio no mundo o que representa 18% dos 468 mil homicídios ocorridos naquele ano. Em média, 18 mulheres são mortas todos os dias na Europa, 12 delas nas mãos de seus parceiros íntimos ou outros membros da família, de acordo com o UNODC.

O Diretor Executivo do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), Yuri Fedotov, lembrou que os assassinatos são apenas a expressão máxima dessa forma de violência. "Apesar dos avanços recentes em alguns países, especialmente na área de legislação, milhões de mulheres continuam a relatar experiências de violência. Estima-se que mais de seis em cada 10 mulheres vão sofrer violência física ou sexual, ou ambas, em algum momento durante as suas vidas".

"Este crime global precisa desesperadamente de uma resposta global. Precisamos trabalhar simultaneamente em todos os países e regiões do mundo para mudar percepções e desenvolver leis sobre igualdade de gênero e do estatuto das mulheres na sociedade. Mulheres e meninas devem ser valorizadas e respeitadas por todos os setores de cada sociedade", acrescentou.

Brasil
Segundo declaração do coordenador de operações do Banco Mundial Boris Enrique Utria, em entrevista à Rádio ONU, o Brasil é o país que tem a melhor lei de proteção às mulheres e contra a violência doméstica do mundo. "O Brasil tem a Lei Maria da Penha, que literalmente, é uma das melhores leis de redução de violência, de antiviolência doméstica no mundo. A Lei Maria da Penha é uma lei federal mas com implementação prática ocorre a nível estadual e municipal", declarou Utria.

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